Por Salete
Pimenta Tavares*
“Ser mulher
é uma arte reservada apenas para quem já nasceu mulher”.
Na revista
“Mulheres do Brasil”, parte integrante da revista Cláudia, ed.558, edição
especial e comemorativa ao dia 08 de março, “Dia Internacional da Mulher”, a
então Diretora de Redação Márcia Neder, escreveu o seguinte: “Não dá para
imaginar que o Brasil, um dia vai ser o melhor país do mundo, o tão falado país
do futuro, sem confiar nas nossas mulheres. Elas são intenção e ação, coragem e
tenacidade, audácia e destemor, criatividade e competência. Um otimismo
indestrutível as move. Elas não tocam a vida simplesmente, mas têm uma missão”.
Sim, as mulheres estão vivendo a vida intensamente e com a mesma intensidade
estão mudando a face do Brasil, em todos os setores, dando exemplos de
intelectualidade, maturidade e capacidade de trabalho, até então só atribuídas
aos homens.
Exemplos
disso podem-se mencionar: a maranhense Ana Tereza Rio Branco Silva, primeira
mulher maquinista, dirigindo um trem de carga e passageiros da “Companhia Vale”
(ex-Vale do Rio Doce); a paulistana Sara Lenharo, única mulher em todo o país a
atuar no Setor de Microscopia Eletrônica do “Instituto Nacional de
Criminalista” (2007); perita em desvendar crimes, é responsável pela análise de
objetos que possam indicar suspeitos; a carioca Maylan Studart, que, depois de
ganhar um cavalo do seu pai e assistir ao Grande Prêmio Brasil de 2004, começou
a se interessar pela carreira e hoje já é uma joqueta conhecida no jóquei
carioca; a paulistana Marta Lúcia Bognar, corajosa acrobata, conhecida como
“bailarina das asas”, faz acrobacias no ar, sendo a estrela da equipe
latino-americana de Wingwalking (andar nas asas). O avião em que ela se
apresenta é pilotado pelo seu marido Pedrinho Melo.
Marta
ressalta que não faz shows só para entretenimento, mas para levar a mensagem de
que todos nós podemos ir muito longe, e que, no ar, só teme encontrar algum
pássaro em seu caminho; a gaúcha Elisiane Brites, operadora da Hidrelétrica
Itaipu, na época (2007), era a única mulher entre os 120 operadores da unidade
geradora de energia da hidroelétrica instalada em Foz do Iguaçu, no Paraná; a
paulistana Fernanda Parra, que reina absoluta na maior categoria do
automobilismo nacional, na qual circula com elegância entre pilotos e motores
barulhentos. Com certeza, seu interesse pelo automobilismo, deve-se ao fato de
ter na infância convivido com pilotos e carros velozes, por causa do seu pai,
Fernando Parra, ex-piloto e administrador de empresas nesse ramo.
Mas, com
certeza um dos maiores exemplos de superação, força, coragem e capacidade de
trabalho é o da piloto Jéssica Cox que, tendo nascido sem braços, devido uma
enfermidade congênita, conseguiu, apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas,
estudar, participar de várias atividades como a ginástica, o balé, etc.,
chegando a se graduar em Psicologia pela Universidade do Arizona. Com os pés
ela escreve mais ou menos 25 palavras por minuto, se maquia e seca o cabelo
normalmente, dirige automóvel e por último, é a primeira mulher piloto na
história da aviação que pilota sem braços. Graças a sua confiança,
perseverança, preparação e ambição, ela percorreu diversos caminhos para
converter-se em quem é hoje. É dela essa frase: “O ser humano precisa ter
momentos baixos na vida, para sentir ainda mais fortes os momentos
emocionantes, e quanto maior for a dificuldade, maior será a glória”.
Podemos
mencionar também as mulheres embaixadoras, que depois de muita luta conseguiram
ingressar no Itamaraty e hoje o topo da carreira é ocupado por mais ou menos 14
embaixadoras que, lá fora, representam o Presidente da República no mundo inteiro.
Nós mulheres podemos ter sempre essas características próprias: Mulher mãe,
mulher esposa, mulher executiva, mulher motorista, mulher educadora, mulher
internauta, mulher acadêmica, mulher dona de casa, mulher inteligente, mulher
feliz, e tantas outras mulheres que, com sua coragem e determinação tornam-se
heroínas, construindo dia a dia este grande país chamado Brasil.
Enfim,
Mulher, sabemos que entre encantos e desencantos, a estrada é longa e não é
fácil. Mas com persistência e a constante busca pelo “querer e fazer”,
conseguiremos ser lembradas e homenageadas, não só no dia 08 de março, “Dia
Internacional da Mulher”, mas em todos os outros dias do calendário anual.
Foto reproduzida da página
do jornal zona
sul
*Com publicação no Jornal Zona Sul
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