Garibaldi defende unificação de esforços
para combater a violência
Depois de
classificar como “tenebrosas” as estatísticas divulgadas pelo Observatório da
Violência Letal Intencional do RN, relacionadas ao número de homicídios
ocorridos no Estado nesses primeiros meses do ano, o senador Garibaldi Filho
defendeu a unificação de esforços no combate à violência. Ele opinou que a
população não aguenta mais permanecer indefesa, temendo sair de casa sob pena
de se transformarem em novas vítimas.
“O Plano
Nacional de Segurança precisa sair do papel. Acompanhado por outros senadores,
estive com o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Fizemos ver a ele que a
situação atual não pode continuar. Não podemos deixar a população entregue à
própria sorte e a Deus. Há uma emergência, as pessoas estão morrendo”, afirmou
Garibaldi Filho.
O senador
antecipou que no próximo encontro que tiver com o presidente Michel Temer vai
dizer a ele que o Rio Grande do Norte está entregue à violência e o governo do
Estado não tem condições, nem recursos, para fazer frente ao crime organizado.
“Qualquer estado hoje, não apenas o Rio Grande do Norte, está inerte diante da
situação”, completou.
Segundo os
dados apresentados por Garibaldi Filho em Plenário, somente entre 1º de janeiro
e 7 de maio deste ano, 865 pessoas foram assassinadas no RN. No mesmo período,
no ano passado, foram 659 vítimas. Entre às noites de sexta-feira passada (5) e
a de domingo (7), ocorreram 26 mortes decorrentes de violência intencional no
Rio Grande do Norte. O senador informou que na manhã da terça-feira houve uma
tentativa de assalto a um carro-forte de uma agência do Banco do Brasil, em
Natal.
Garibaldi
Filho também registrou um episódio ocorrido há cerca de vinte dias, quando
viajava de avião para Natal. Uma senhora, chorando, se dirigiu a ele e disse
que estava indo ao Rio Grande do Norte para acompanhar o sepultamento do seu
irmão, que havia sido assassinado brutalmente. O senador lamentou e a senhora
indagou se era apenas isso que ele tinha a lhe dizer.
“Justificadamente
ela me fez a pergunta, pois não adianta só lamentar, temos que agir. Digo a
todos que não precisam ouvir o meu grito, mas que escutem o clamor das viúvas,
dos filhos e filhas dos que foram assassinados. Temos que criar as condições
para que seja dado um basta a tanta violência”, declarou o senador. [por assessoria de imprensa]
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