Por
Gabriella Pereira do Nascimento
Coordenadora Pedagógica - Casa Durval Paiva
Quando a temática
sobre o atendimento pedagógico hospitalar e/ou domiciliar surge, muitos
questionamentos acerca da prática executada se expressam das mais diferentes
maneiras.
A concepção
da oferta da educação em um ambiente tão inóspito quanto um hospital ou pouco
esperado quanto numa casa de apoio, causa certo estranhamento inicialmente. É
possível? Como? Por quê? Para quê? São indagações corriqueiras ouvidas sempre
que alguém adentra em uma classe
hospitalar, principalmente, para os pacientes que serão beneficiados com este
serviço ao longo de um tratamento médico sem previsão de término.
Nesse
sentido, as respostas para tais indagações foram sendo elaboradas e são,
continuamente, reelaboradas mediante a práxis profissional no cotidiano de
atendimento educacional hospitalar.
O perfil de
educandos que necessitam desse serviço requer do profissional a elaboração de
estratégias que partem inicialmente da conquista e do convencimento tanto do
aluno quanto da sua família. Não basta conscientizá-los acerca da garantia do
direito à educação. É preciso elaborar uma prática pedagógica adequada ao
público a qual se destina, para que a conquista se estabeleça e o
desenvolvimento das ações seja efetivado até que o educando possa ser
reinserido na escola regular após encerramento do tratamento médico.
O
atendimento pedagógico nesse contexto ocorre em duas perspectivas: a individual
e coletiva. A individual ocorre quando o trabalho é realizado diretamente com o
aluno em tratamento médico hospitalar, sendo executado o currículo
disponibilizado pela escola regular para cumprimento de atividades e avaliações
que corroborarão para atribuição dos resultados quantitativos, necessários
também para analisar a evolução educacional. A coletiva ocorre de modo a integrar
e sociabilizar os educandos em sala de aula, retomando um pouco da sua rotina
antecedente ao tratamento médico. Neste atendimento, são executados projetos
pedagógicos temáticos, desenvolvidos com turmas multisseriadas e com faixa de
idades distintas, através de grupos de trabalho.
No
atendimento coletivo, a prática educativa executada nas classes da Casa Durval
Paiva baseia-se na vertente da interdisciplinaridade, objetivando a dinamização
na aquisição do saber. São elaborados projetos pedagógicos temáticos que
envolvem as mais diversas disciplinas e áreas de conhecimento, na troca de
informações sobre a mesma perspectiva, tornando a prática menos fragmentada e a
aquisição do conhecimento mais significativa.
Com o
trabalho interdisciplinar é possível envolver os educandos de maneira lúdica ao
longo da aprendizagem sobre determinado conteúdo. A aprendizagem ocorre de
forma leve e descontraída, sem que haja cobrança direta sobre uma área de
conhecimento, o que facilita a compreensão dos conteúdos e a aceitação das
aulas, apesar dos efeitos causados pelos procedimentos médicos diários.
Assim, essa
perspectiva de trabalho é uma alternativa que colabora para a condução do
atendimento educacional tanto no hospital, quanto na casa de apoio, pois
envolve os educandos independentemente da sua idade ou nível educacional. Faz
com que eles sintam vontade de participar das aulas, levantando hipóteses,
criando alternativas, questionando sobre o que está sendo aprendido, fazendo
relação com outras áreas de conhecimento. Vai ainda além, quando possibilita
que a prática educativa também assuma uma vertente terapeutizante, promovendo o
acesso ao conhecimento em paralelo ao tratamento médico, colaborando para a
superação de dificuldades ocasionadas por tal.
Enviado por:
Assessoria de Imprensa
Casa Durval Paiva - (84) 4006.1600/
9981-3474/ 9622-4544
Na luta contra o câncer, quanto
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