Mostra “Descobrindo o Rio Grande do Norte
com Luís da Câmara Cascudo” tem sala Seridoísmo, com fotos e textos escritos
por geógrafos, historiadores e pesquisadores que interpretaram a identidade e
evolução sociocultural caicoense.
A exposição
Descobrindo o Rio Grande do Norte com Luís da Câmara Cascudo, aberta na última
quinta-feira (16), em Caicó, apresenta um olhar histórico e antropológico sobre
o município seridoense.
Se a obra do
maior intelectual norte-rio-grandense é a base da curadoria, espaço destacado
foi dado à principal cidade de uma das regiões mais tradicionais da América
Portuguesa.
Na sala
Seridoísmo, a mostra traz fotos e textos escritos por geógrafos, historiadores
e pesquisadores que interpretaram a identidade e evolução sociocultural
caicoense.
A
experiência é completada por painéis com imagens antigas de Caicó e reproduções
de pinturas rupestres encontradas, sobretudo, no sítio arqueológico de Carnaúba
dos Dantas.
O visitante
pode ler textos de Oswaldo Lamartine de Faria, Olavo de Medeiros Filho, Moacy
Cirne, Muirakytan Kennedy de Macêdo, Francisco de Assis Medeiros, Manoel
Dantas, Ione Diniz Rodrigues Morais, Paulo Bezerra, Maria Augusta Vale, Olívia
Morais de Medeiros Neta e Eugênia Maria Dantas.
A exposição
Descobrindo o Rio Grande do Norte com Luís da Câmara Cascudo está aberta ao
público de segunda à sexta, das 8h às 16h30, no Centro de Educação José Augusto
(CEJA), localizado na rua Zeco Diniz, S/N, Penedo, em Caicó.
DO SERIDÓ
ARCAICO: REMINISCÊNCIAS POTIGUARES
Cada autor
com sua visão daquele cenário idílico, místico e selvagem. Publicações
clássicas na historiografia e genealogia potiguar desvelam o Seridó.
O célebre
historiador em Homens de Outr´Ora, Manoel Dantas trata das origens assim:
“Quando o
sertão era virgem, a tribu dos Caicós, celebre pela sua ferocidade, julgava-se
invencível, porque Tupan vivia alí, encarnado num touro bravio que habitava um
intrincado mufumbal, existente no local onde está, hoje, situada a cidade de
Caicó”.
Oswaldo Lamartine
Osvaldo
Lamartine (1919-2007) é autor de um dos livros mais importantes sobre o Sertão
brasileiro e descreveu o Rio Grande do Norte com raro talento literário e de
pesquisa
Já o poeta
Moacy Cirne, em Seridó, Seridós, cria termos para definir o lugar:
“O Seridó
não se resume a Caicó, naturalmente; o sentimento de seridolência, que antecede
o seridoísmo, conforme o entendemos, é tão antigo quanto as cidades de Acari e
Caicó, as primeiras da região.”
No livro
Sertões do Seridó, o escritor Oswaldo Lamartine fala da pecuária:
“A vocação
histórica do sertanejo é o gado. Espremido em cercados retalhados a cada
herança, pendeu para uma pecuária semiextensiva”. [da Agenda Substantivo Plural >Leia mais]
Fotos: José Ezelino e Canindé Soares
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