Aumento de casos e baixa vacinação
prorrogam campanha antirrábica
A Secretaria
de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN) prorrogou a campanha antirrábica que teve
início dia 16 de novembro e tinha prazo de encerramento previsto para 15 de
janeiro de 2016. A campanha agora prossegue até o dia 30 de janeiro. Os motivos
da prorrogação são a ocorrência de novos casos da doença no Rio Grande do
Norte, atingindo o maior patamar dos últimos cinco anos, e a baixa cobertura
vacinal canina alcançada até o momento, de 45,10%, quando a meta é vacinar 80%
dos animais em todos os municípios. Em 2015, já foram diagnosticados
laboratorialmente 37 casos de raiva animal no Rio Grande do Norte, sendo a
grande maioria em cães.
Além da
prorrogação, a Sesap emitiu nota de alerta aos municípios e à população sobre a
importância da vacinação dos animais domésticos, principalmente do cão, por ser
o animal com maior registro da doença e por ser mais próximo do homem. E ainda
recomenda à população que busque assistência médica em casos de acidentes com
animais potencialmente transmissores da raiva.
Os casos de
raiva canina têm chamado a atenção da Vigilância Ambiental da Sesap. A partir
de maio desse ano, até o momento, foram diagnosticados laboratorialmente cinco
casos de raiva em cães, sendo dois deles cães de rua. “Esse número elevado de
casos de raiva canina ocorridos em um mesmo ano ainda não tinha sido
identificado pelo Setor de Raiva do Laboratório Central Dr. Almino Fernandes
(LACEN/RN), desde 2005”, daí a nossa preocupação, alerta a veterinária do
Programa de Controle de Raiva da Sesap,
Alene Uchoa de Castro.
De acordo
com a Organização Mundial da Saúde, o cão é o principal transmissor da raiva
para os seres humanos, mas para evitar essa doença nesse animal é preciso
imunizá-lo contra raiva, para isso a campanha antirrábica é realizada
anualmente.
“Além disso,
todos esses cães raivosos de 2015 estiveram envolvidos em acidentes (mordedura
ou arranhadura) com pessoas; houve casos tanto em cães domiciliados como em
cães de rua; tanto em cães jovens (quatro e cinco meses) como em cães adultos
(cinco e nove anos) e que esses cães domiciliados não tinham histórico de
vacinação antirrábica no último ano”, esclarece a veterinária. Os municípios
com os casos de raiva canina diagnosticados laboratorialmente esse ano no
estado foram Caicó, São José de Mipibu, Serra Caiada, Senador Eloy de Souza e
Serra Negra do Norte. As ocorrências foram nos meses de maio, setembro, outubro
(dois casos) e dezembro, respectivamente.
META DE 80%
DE COBERTURA VACINAL
Com a
prorrogação, A Sesap espera que todos os municípios do estado alcancem o mínimo
de 80% de cobertura vacinal dos cães estimados, conforme meta proposta pelo
Ministério da Saúde, uma vez que alcançada essa meta há quebra na cadeia
epidemiológica do ciclo urbano da raiva, evitando a ocorrência de casos de
raiva humana transmitida por cães no estado.
Ao mesmo
tempo alerta à população sobre a necessidade de buscar atendimento médico nos
casos de acidentes com animais potencialmente transmissores da raiva, ou seja,
em caso de acidentes envolvendo mamíferos domiciliados (cães ou gatos) ou
silvestres (morcego, raposa, sagüi, timbu entre outros) e, sobretudo nos casos
de acidentes por animais de rua. É imprescindível também para o controle da
raiva que o paciente conclua a profilaxia antirrábica prescrita pelo médico.
Assessoria de Comunicação - ASCOM
Redação (84)- 3232-2618/3232-2630/8137-2493
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