Esquema que funcionava dentro do Idema desviou R$
19,3 milhões para pessoas e empresas; mandados foram cumpridos em quatro
cidades
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Foto: ascom/mprn |
O Ministério Público do
Rio Grande do Norte (MPRN) concedeu entrevista coletiva à imprensa na tarde
desta quarta-feira (2) para dar detalhes da Operação Candeeiro, deflagrada no início
da manhã e que descortinou associação criminosa instalada no âmbito do
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) que desviou
recursos da ordem de R$ 19,3 milhões em benefício de pessoas e empresas
utilizando-se de ofícios autorizadores de pagamentos.
A coletiva para a
imprensa foi concedida pelo Procurador-Geral de Justiça Rinaldo Reis Lima,
Promotores de Justiça do Patrimônio Público e do Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O Procurador-Geral de Justiça informou que
a investigação iniciada em janeiro de 2014 e que teve seu desfecho hoje com a
Operação Candeeiro descortinou refinada associação criminosa instalada na
Unidade Instrumental de Finanças e Contabilidade, entre os anos de 2013 e 2014,
desviando até onde se apurou, quase R$ 20 milhões. Há indicativos de que o
esquema vinha sendo realizado até um pouco antes e os valores desviados podem
ser ainda maiores.
Foram identificadas como
beneficiárias do esquema ilícito de desvio de recursos públicos as empresas A
MACEDO MAFRA-ME; FABÍOLA MERCEDES DA SILVEIRA ME; CONCEITO RENT A CAR LTDA ME;
J E DE O SOARES ME; RAMON ANDRADE B F SOUZA ME; M D S DE LIMA SERVIÇOS ME; e
ANTONIO TAVARES NETO ME todas elas vinculadas a pessoas da contabilidade do
Idema.
O Promotor de Justiça do
Patrimônio Público, Paulo Batista, esclareceu que o “x” da questão era a
ausência de registro no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf) de
toda movimentação de pelo menos duas contas do Idema, que tornavam ocultas as
despesas realizadas. O dinheiro, em sua maior parte, era sacado em espécie nas
instituições financeiras mantenedoras das contas das empresas. Uma das contas,
movimentou em 2013 mais de R$ 13 milhões.
A investigação conseguiu
mapear além do montante de recursos desviados, o patrimônio que as pessoas
envolvidas auferiram com os atos ilícitos, como casas, veículos, e
apartamentos, sendo grande parte desse patrimônio sequestrado pela Justiça das
pessoas físicas e jurídicas envolvidas. [Notícias
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