Cerca de 150 atores encenam a guerra do bem contra o
mau nas ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do RN
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Fotos: Acervo PME/divulgação |
Nesta segunda-feira, dia
29, às 20h, o espetáculo Auto da Aldeia do Guajiru ou a Batalha de São Miguel
será encenado pelo sétimo ano consecutivo nas Ruínas da mais antiga Igreja
Jesuíta do Rio Grande do Norte, produzido pela Prefeitura de Extremoz, por meio
da Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru e dirigido pelo dramaturgo Ricardo
Veriano Fernandes. O espetáculo reúne cerca de 150 atores, a maioria,
habitantes do município.
Espetáculo
A batalha de São Miguel
Arcanjo contra o mal é narrada por personagens da cidade e termina com a
vitória do santo lutador e com uma grande festa no Céu, que reúne santos
padroeiros de todos os distritos de Extremoz. O Auto da Aldeia do Guajiru, a
Batalha de São Miguel é encenada desde setembro de 2009, sendo, ao longo do
tempo, fruto de um processo contínuo de discussões coletivas públicas, estudos
e outras ações conjuntas da cidade de Extremoz e seus distritos. O encerramento
é feito com um grande show pirotécnico de fogos de artifícios. Depois da
encenação do Auto, haverá show de encerramento da festa do padroeiro com shows
musicais de Messias Paraguay e Silveirinha Show, a partir das 22h.
“A mobilização
insistente na conquista da memória da terra, por meio de ações fundamentadas na
sustentabilidade cultural é traduzida pelas demais verdades, com apreço em
poder ver, refazer, recriar, revisitar os nossos temas, nossa História -
respeitando às fontes e as diferenças”, escreveu o prefeito de Extremoz, Klauss
Rêgo. A valorização da cultura em Extremoz é observada e trabalhada pela
presidente da Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru, Waldeleda Medeiros de
França. “Hoje a cultura local corresponde às ações oriundas de um complexo
acervo vivo não recorrente apenas a materiais de arquivo”, disse Waldeleda
Medeiro, acrescentando que pequenas ações do cotidiano, a exemplo de oficinas
abertas de dança, capoeira, teatro, artes visuais, música e demais técnicas
artísticas facilitam qualquer trabalho que possa ser montado pelos agentes em
formação.
“Tivemos uma ideia,
fizemos um texto, desconstruímos a cartesiana pesquisa linear, comungamos com a
licença poética. Uma luz acendeu – fotossíntese cultural -, inspiração,
concepção indo ao encontro do que pulsava vivo, mas em casulo imerso quase
amorfo”, ressaltou o diretor da peça, Ricardo Veriano. “Hoje, o Auto
arregimenta aproximadamente 250 pessoas entre técnicos, atores, convidados e
demais profissionais da cultura do RN, todos aptos a dar nome e respaldo à
memória local de Extremoz, para não sermos vistos apenas num plano histórico
local, mas, quiçá, universal”, concluiu o diretor. (LS).
Leonardo Sodré
[noticiamundo@gmail.com]
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