Diminuir a ansiedade e a
angústia comuns a pacientes internados por longos períodos, por meio da
leitura. Este é o objetivo do Projeto Leitores Terapêuticos, realizado pelo
Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), em parceria com a Escola de
Enfermagem de Natal, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Semanalmente, às terças
e quintas-feiras, a partir das 14h, os pacientes do Centro de Tratamento de
Queimados (CTQ) são beneficiados com a leitura de cordéis, poemas, contos e
crônicas. Segundo a professora do curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar da
UFRN, Pétala Salvador, “a leitura terapêutica é uma ferramenta de escape forte,
que proporciona reflexão, diminuindo a ansiedade e a depressão”.
A professora diz que a
ideia do projeto partiu dos próprios funcionários do CTQ. Para realizar o
trabalho, duas equipes atuam em conjunto: uma multidisciplinar, estruturada com
servidores do CTQ (fisioterapeuta, fonoaudióloga, psicóloga, terapeuta
ocupacional e enfermeira) e outra com 15 alunos e três professores da Escola de
Enfermagem (que se alternam a cada encontro em equipes com três alunos e um
professor).
Nesta semana mais duas
atividades serão acrescentadas ao projeto. A primeira, a partir desta
terça-feira (24), é a roda de leitura. Pacientes em círculo (através de
desenhos, do canto, da narração de um filme ou de qualquer outra forma pela
qual eles se sintam mais confortáveis para se expressar) explicarão como as
histórias lidas foram entendidas e o que significaram para eles. E, a partir da
quinta-feira (26), acontecerá o “dia da novidade”, quando os participantes
falarão sobre o que aconteceu de novo, de bom, nos sete dias anteriores.
Como a proposta do
trabalho também é a inclusão social, os pacientes que porventura não possam se
ausentar do leito não deixarão de participar do projeto, contando com a leitura
e a discussão da compreensão individualmente.
Para estruturar o
projeto, Pétala Salvador conta que foi feita uma avaliação preliminar por parte
dos pacientes que teriam interesse em participar. Ela conta que neste primeiro
contato a recepção já foi bastante satisfatória. Interagindo com a equipe, os
pacientes fizeram solicitações interessantes como não só ouvir histórias,
poemas ou contos, mas também ficar sabendo o que está acontecendo fora do
hospital. A professora acrescenta que outra proposta do trabalho “é
proporcionar aos alunos uma visão mais integral do cuidado, levando a um
envolvimento maior com o usuário”. [Sesap
Comunicação]
<ascomsesap2@gmail.com
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