Sesap e UFRN apresentam nova ferramenta de combate à
dengue e chicungunha
Lançar mão de novas
tecnologias de informação que possam aperfeiçoar o trabalho desenvolvido pelo
Sistema Único de Saúde no monitoramento e combate ao Aedes aegypti. Com esse
objetivo, a equipe técnica do Programa Estadual de Controle da Dengue da
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e pesquisadores do Laboratório de
Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) do Hospital Universitário Onofre Lopes da
UFRN apresentarão, aos 167 gestores municipais da saúde do estado, uma nova
ferramenta que proporcionará um mapeamento em tempo real de focos do mosquito,
e uma maior participação da população na notificação de casos da dengue e
chicungunha, doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A apresentação ocorrerá
durante a reunião ordinária do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde
(Cosems) do RN, nesta quarta-feira (11), das 9h às 12h, no Hotel Praiamar em
Ponta Negra.
De acordo com a
coordenadora de Promoção à Saúde da Sesap, Cláudia Frederico, “a ideia é que
tanto a Sesap quanto as SMS possam implantar esse sistema interativo
desenvolvido pelo LAIS em conjunto com a equipe do Telessaúde-RN, para
potencializar o trabalho das vigilâncias no combate ao Aedes aegypti.
Inicialmente a prioridade é a prevenção da dengue e da febre chicungunha, mas
posteriormente expandiremos para outras doenças e agravos” pontua.
Segundo dados da
Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Sesap, até o momento não há
casos confirmados da febre chicungunha no estado. Em 2014, foram notificados 71
casos suspeitos da doença, dos quais 28 foram descartados e 43 estão em
processo de investigação. Já em 2015, foram notificados 68 casos suspeitos, dos
quais 21 foram descartados e o restante aguarda resultado laboratorial. No
Brasil, até a semana epidemiológica 53, foram notificados 3.195 casos
autóctones suspeitos de febre chicungunha, tendo sido 294 descartados e 2.196
confirmados (140 por critério laboratorial e 2.056 por critério
clínico-epidemiológico). 705 casos continuam em investigação. Os primeiros
casos autóctones da febre no país foram notificados em agosto e setembro de
2014, no Amapá e na Bahia.
Apesar de não haver
confirmação da chicungunha no RN, a Sesap informa que, em 2014, 42,5% dos
municípios apresentaram situação de alerta e 32,3% situação de risco. Os dados
chamam a atenção para o fato de que a ampla distribuição dos mosquitos,
associados à alta susceptibilidade da população e ao intenso deslocamento das
pessoas tornam o RN vulnerável à disseminação do vírus CHIKV.
“Por isso se torna
necessário intensificar e melhorar o trabalho de campo dos agentes de endemias
no controle e eliminação dos criadouros do mosquito e na conscientização da
população quanto ao armazenamento de água nos domicílios e à manutenção de
criadouros intra e peridomiciliares. A estimativa é de que durante epidemias,
cerca de 38% a 63% da população podem ser infectadas pelo vírus chicungunha
rapidamente. Contar com o suporte de um sistema como esse, além de facilitar o
processo de combate e prevenção dessas doenças, diminui o risco de uma epidemia
”, enfatiza Cláudia Frederico.
Os principais sinais e
sintomas da febre chicungunha são: febre, dores e edema nas articulações das
mãos, punhos, joelhos, tornozelos e pés além de exantemas. O período médio de
incubação da doença é de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias). O
tratamento indicado é sintomático, não há vacina disponível.
“A doença pode
manifestar-se clinicamente de três formas: aguda, subaguda e crônica. Na fase
aguda, os sintomas manifestados são: febre com predominância de dor e edema
articular, acompanhada de exantema maculopapular, hiperemia conjuntival,
cefaleia e mialgia (dor muscular). Os sintomas costumam persistir por 7 a 10
dias. Após este período, a doença evolui para fase subaguda com persistência e
intensificação da dor e inflamação articular, podendo durar de 2 a 3 meses e,
em alguns casos, converter-se em dor crônica incapacitante com duração de anos
e lesão articular permanente. As formas graves e atípicas não são frequentes,
podendo excepcionalmente, evoluir para óbito” explica Stella Leal,
subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap.
Com relação à dengue, no
último boletim divulgado pela Sesap, referente à Semana Epidemiológica nº 53, o
RN apresentou 13.369 casos notificados como suspeitos de dengue, entre o início
de 2014 até o dia 03 de janeiro de 2015, o que aponta uma queda de 46,45%, em
comparação ao total de notificações referentes ao ano de 2013 (24.965 casos).
Do total de municípios do RN, 55 apresentam alta incidência da doença, 34 estão
com média, 62 com baixa e 16 com incidência silenciosa.
Assessoria de Comunicação - ASCOM
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