O Auto da Aldeia do Guajiru ou a Batalha de São
Miguel reúne cerca de 150 atores nas ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do
Rio Grande do Norte
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Foto: arquivo/divulgação
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Nesta segunda-feira, 29,
às 21h, o espetáculo Auto da Aldeia do Guajiru ou a Batalha de São Miguel será
novamente encenado nas Ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do Rio Grande do
Norte, produzido pela Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru e dirigido pelo
dramaturgo Ricardo Veriano Fernandes, que reúne cerca de 150 atores, a maioria,
habitantes do município.
“Há um preconceito
histórico em relação à cultura. Hoje ela não é mais secundária diante de
necessidades sociais maiores. Esse preconceito não mais se sustenta, é
diariamente desmoralizado pelo fato de que a cultura em nossa Extremoz tem
força emergente com grande potencial de expansão. Aqui a tratamos como fome que
deve ser saciada, banida, eximida, violada”, escreveu o prefeito de Extremoz,
Klauss Rêgo.
Essa valorização da
cultura em Extremoz é secundada pela observação da presidente da Fundação de
Cultura Aldeia do Guajiru, Valdelêda Medeiros de França: “A peça mostra o
sucesso de iniciativa em que a cultura é valorizada como fato dinamizador de
processos socioculturais, transformando vidas e realidades ao associar à sua
construção, além de fatores estéticos, arte, História, religião e educação”,
observou.
PADROEIROS E
PADROEIRAS
“Além do padroeiro
oficial da cidade, São Miguel Arcanjo, existem mais 20 padroeiros. Então
pensei: é o Céu acampado em Extremoz, daí o ato mais significativo depois da
vitória de São Miguel Arcanjo e que encerra o espetáculo, com a apresentação de
todos os padroeiros e padroeiras”, ressaltou o diretor da peça, Ricardo
Veriano.
“Os ‘novos’ locais
cênicos nos proporcionam comtemplar outros lugares onde a cena possa ser útil a
arquitetura e vice-versa, numa simbiose sempre em ação. As ruínas, hoje local
de visita turística, abrigam, como os medievais adros das Igrejas, trupes em
verves artísticas, que ora dançam, bailam, cantam, recitam, apresentam no bojo
da estética dos autos, transformando pessoas do convívio comum em atores,
bailarinos, técnicos e, sobretudo, em espectadores ansiosos por terem chances
de serem agentes culturais em seu ambiente”, concluiu o diretor.
A batalha de São Miguel
Arcanjo contra o mal é narrada por personagens da cidade e termina com a
vitória do santo lutador e com uma grande festa no Céu, que reúne santos
padroeiros de todos os distritos de Extremoz. O Auto da Aldeia do Guajiru, a
Batalha de São Miguel é encenada desde setembro de 2009, sendo, ao longo do
tempo, fruto de um processo contínuo de discussões coletivas públicas, estudos
e outras ações conjuntas da cidade de Extremoz e seus distritos. (LS).
Leonardo Sodré
[noticiamundo@gmail.com]
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