Por Walter Medeiros*
waltermedeiros@supercabo.com.br
O uso da
auto-hemoterapia junto com os antibióticos faz com que haja muito menos casos
de resistência ao antibiótico. A opinião é do médico carioca Luiz Moura e
lembramos dessa afirmação neste momento, tendo em vista matéria da BBC na qual
o premier britânico David Cameron afirma que “Se não agirmos, a perspectiva é
de cenário impensável em que antibióticos não funcionam mais”, devido à
resistência de bactérias, o que havia sido motivo de advertência recentemente
por parte da Organização Mundial de Saúde - OMS. Como se sabe, auto-hemoterapia
é uma técnica que combate e cura doenças com a retirada de sangue da veia e
aplicação imediata no músculo. Esta terapia vem salvando vidas há mais de cem
anos.
Na entrevista que
concedeu em DVD que vem sendo divulgado bastante, Dr. Luiz Moura trata do
problema dos antibióticos, mostrando que esses problemas são resultado da
ganância da indústria farmacêutica, que teria de suspender o fabrico de certos
produtos a cada dez anos, sob pena de viciar. Para não mexer nos lucros, nada
foi feito e a humanidade quem sai prejudicada. Além de contar a história do
descobridor da Penicilina, Alexandre Fleming, o Dr. Moura afirma que “a
ganância resultou em usar os antibióticos permanentemente, não descontinuar, e
com isso os micróbios criaram resistência”.
Segundo o médico, quando
surgiram os antibióticos a auto-hemoterapia, ao invés de ser descontinuada –
pois tinha uso intenso – deveria ter sido mantida para acrescentar, somar e não
substituí-la. Ele explica que cada um age de uma forma diferente: os
antibióticos agem impedindo a reprodução dos micróbios e o Sistema Imunológico
- ativado pela auto-hemoterapia – completa a tarefa com os macrófagos
fagocitando os micróbios. A função dos macrófagos - o termo ‘macro’ é grande e
‘fagos’ é comer - é comer partículas grandes. Usando a auto-hemoterapia junto
com os antibióticos haveria muito menos casos de resistência ao antibiótico,
porque não sobrariam cepas resistentes que depois se reproduzem em outras cepas
resistentes de micróbios.
O primeiro ministro
britânico anunciou a criação de um grupo para analisar por que tão poucos
medicamentos do tipo têm sido criados nos últimos anos. O economista Jim O'Neill, criador das sigla
Bric, vai liderar uma comissão sobre o assunto com especialistas das áreas de
ciência, finanças, indústria e saúde global. Esse grupo vai definir planos para
incentivar o desenvolvimento de novos antibióticos. Para o ministro, "Se
não agirmos, a perspectiva é de um cenário quase impensável em que antibióticos
não funcionam mais”. O assunto vai para
fóruns importantes e resultará em gordos incentivos financeiros para as
pesquisas de medicamentos. Podia ser o momento de incentivarem e apoiarem a
realização de novas pesquisas sobre várias formas de uso da auto-hemoterapia.
*Jornalista
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