Acho cedo para qualquer
avaliação sobre o mérito da recente e traumática decisão do DEM em negar
legenda para que a governadora Rosalba Ciarlini pudesse ser candidata à
reeleição aqui no RN.
Claro, neste momento,
não apenas os partidários da governadora e seus afilhados, mas também aqueles
que, antes, a detestavam e chegavam a “demonizá-la”, mas, agora, sonham com o
seu apoio, consideram-na uma injustiçada.
Do mesmo modo, aos
contrários, sobrarão argumentos para justificar a sua exclusão, sob o argumento
de que Rosalba – tão competente na hora de construir as alianças que a elegerem
repetidas vezes, foi incapaz de sustentá-las estando no poder, acabando como a
principal prejudicada pelo próprio veneno.
Diz o provérbio popular
que “o bom cabrito não berra”. Ao que parece, essa sentença não é compatível
com a personalidade da governadora, pelo tom de ameaça que jogou no ar ao ser
entrevistada por Diógenes Dantas nesta quarta-feira, na 96 FM, quando num claro
gesto de desafio, lembrou a música de Alcione e proclamou: “Pode esperar”.
A governadora sente-se
traída por todos os que tiveram que abandoná-la e, pela forma como fala, não
parece disposta a uma atitude de mais serenidade, fazendo uma auto-crítica e
até reconhecer que, se todos erraram, ela também pode ter cometido seus
equívocos.
Pra mim, pelo pouco que
entendo do feijão com arroz da política, se deixar mesmo a poeira baixar – como
acenou que deixaria na mesma entrevista – a governadora ainda vai dar graças a
Deus por não precisar disputar a reeleição.
Poti Neto (PMDB)
Vice-prefeito de São Gonçalo
- Com post na página de Poti Neto
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