![]() |
Fotos: LeoSodré/ Edição 2012
|
Com texto e direção de
Ricardo Veriano, o espetáculo Auto da Aldeia do Guajiru, a Batalha de São
Miguel, será no dia 29, nas ruínas da antiga Igreja Católica, no Centro antigo
de Extremoz, às 20h30. O evento, que já faz parte do calendário cultural do
estado vem ao longo tempo se consolidando e nesta 5ª edição está sendo
especialmente preparado pela Prefeitura de Extremoz, por meio da Fundação de
Cultura Aldeia de Guajiru.
“A peça conta com cerca
de 150 atores e será encenada ao ar livre, em palco armado entre as ruínas da
primeira Igreja Jesuíta do estado”, informou a presidente da Fundação de
Cultura Aldeia de Guajiru, Leda Medeiros. “O ambiente traz uma dosagem de
realidade à cena da chegada dos jesuítas à Vila de Extremoz, assim como
configura um cenário grandioso para as outras cenas, que contam o convívio
entre índios, europeus e negros naqueles tempos coloniais”, completou a
presidente.
A batalha de São Miguel
Arcanjo contra o mal é narrada por personagens da cidade, termina com a vitória
do santo lutador e com uma grande festa no Céu, que reúne santos padroeiros de
todos os distritos de Extremoz.
História oficial e
mítica
O Auto da Aldeia do
Guajiru, a Batalha de São Miguel é encenada desde setembro de 2009, com a
maioria dos atores do município, sendo, ao longo do tempo, fruto de um processo
contínuo de discussões coletivas públicas, estudos e outras ações conjuntas da
cidade de Extremoz e seus distritos. “Tudo isso é fomentado pelo desejo de
todos que fazem o município e que o querem reconhecer na História oficial e
mítica”, disse Leda Medeiros.
A rigor, a identidade
cultural da cidade flui através do teatro e suas linguagens, recheadas de novas
interpretações, sobretudo, transcendendo os muros do âmbito escolar e
impulsionando outros olhares reflexivos a favor ou contra a História oficial
dos seus autores, os vencedores, que contaram a história corrente em detrimento
dos seus atores: o índio, o português e o negro.
O evento também
contribui para a formação de platéias, artistas e gestores culturais na cidade
e nas adjacências, sendo inclusive um trabalho inclusivo e socioeducativo, uma
vez que se fazem presentes nas oficinas e montagem do auto, crianças, adultos,
idosos, montadores de cavalo, pescadores, deficientes e congêneres, todos
unidos em prol do sucesso do espetáculo. (LS).
Leonardo Sodré
[noticiamundo@gmail.com]
Nenhum comentário:
Postar um comentário