O Via Livre já não é tão livre assim

Albimar Furtado*

Jornalista ▶ albimar@superig.com.br

Fosse feito hoje um balanço sobre o trânsito de Natal, infelizmente o resultado não seria o mesmo apresentado na avaliação da violência nos dois últimos meses. O trânsito está pior. Por muitas razões e uma delas é aquela de não ter havido ainda a decisão de melhorá-lo. Mais ainda, por não ter sido mantido uma das poucas coisas positivas realizadas nessa área nos últimos anos, o Via Livre.

Projeto do início da administração municipal, lá se vão três anos, sua aplicação deixou algumas poucas ruas da cidade, em especial a Romualdo Galvão, a Afonso Pena (onde gerou muita polêmica e insatisfação pela condição de ser uma avenida de forte apelo comercial) e Régulo Tinoco, entre outras, com o trânsito fluindo melhor, facilitando a vida dos motoristas. O tempo passou, a determinação de fazer cumprir a norma já não é a mesma e o desrespeito às indicações de estacionamento proibido esta cada vez mais evidente.

É fácil perceber que o Via Livre está indo pro espaço ou sei lá pra onde. O fato é que hoje até atrapalha. Os motoristas enfileiram seus carros imaginando que a via está de fato livre e lá na frente é forçado a parar atrás de outro carro que, indevidamente, foi ali estacionado. E forma-se o caos.

Outro projeto do início da administração, também refletindo seus efeitos na normalidade do trânsito –e que no início funcionou-, tratava dos estacionamentos às portas dos colégios. Proibia-se que se formassem filas duplas. A indisciplina está voltando e são raras a exceções. Fazer cumprir a norma não daria ordem ao trânsito da cidade, a caminho do caos. Mas melhoraria parte dele. É só uma questão de querer fazer cumprir.

*Texto publicado na coluna do jornalista na edição do Novo Jornal