Instagram:

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A ordem do dia

por Paulo Tarcísio Cavalcanti
Jornalista tarcisiocavalcanti@bol.com.br http://ptarcisio.blogspot.com

Impossível não refletir hoje sobre a grande aspiração do momento – segurança pública.

Aos recentes acontecimentos aqui no RN – fugas, assaltos, violência, somam-se dois fatos da maior dimensão. Um local; outro nacional.

O local – o assalto à padaria em Petrópolis, do qual os marginais sairam atirando, covardemente, contra pessoas desarmadas e indefesas; o nacional, essa greve da PM baiana e a presteza com que o governo federal vem procurando esmagá-la.

Na boca do povo, porém, a conversa é uma só: Primeiro: A avassaladora sensação de insegurança que domina hoje o povo baiano tem uma justificativa: A polícia está em greve. E aqui? Como explicar a mesma sensação com a Polícia em plena atividade?

Segundo: Se tropas federais, inclusive do Exército, podem ser utilizadas na Bahia em defesa da ordem e da segurança públicas, por que não ocorre o mesmo no nosso Rio Grande do Norte?

Essas são as duas questões básicas que, por esses dias, entram em todas as conversas – sejam nos gabinetes, sejam nas esquinas, em mesas e calçadas.

Claro: Elas têm uma conotação emocional muito forte. Pois, de uns tempos para cá, a população só tem visto a situação da segurança pública se agravar, consolidando a sensação de cada um que começa a enxergar, cada vez mais próxima, a sua ameaça, sempre carregada de terror, medo e perdas.

Então, estamos esperando o que para um enfoque realista e racional dessa absoluta prioridade brasileira? Está mais do que provado que a fórmula atual está falida e, não apenas, atrasada. Se Estados poderosos e economicamente robustos, como são os casos de São Paulo, Rio de Janeiro, a própria Bahia, têm se revelado incapazes de prover o seu povo de condições adequadas de segurança, como esperar que o Rio Grande do Norte o consiga?

A União Federal não pode continuar de braços cruzados. Muito menos, descruzá-los apenas quando, politicamente, lhe parece oportuno, como nos casos da Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro e, agora, nesse episódio do estado de greve decretado pela Polícia baiana.

Esta expectativa de um trabalho sério e imediato para tentar restaurar a política de segurança no Brasil e, não só, num ou noutro Estado, é que deve ser, hoje, a questão colocada na ordem do dia de todos os brasileiros.

A partir da presidente Dilma, os dirigentes do país, precisam dar uma resposta urgente a esse grande anseio nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário