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Foto: Divulgação
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Com o intuito de discutir o possível rebaixamento do Rio Grande
do Norte no status da febre aftosa, saindo de estado classificado como de risco
médio para desconhecido, foi promovida nesta terça-feira (07), reunião -
proposta pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e Federação da Agricultura e
Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) - com o secretário de Agricultura do
RN, Betinho Rosado e o diretor do Idiarn, Rui Sales Júnior.
Na conversa, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério
da Agricultura, Francisco Sérgio Ferreira Jardim, acompanhado do coordenador da
Instituição, Plínio Leite Lopes, presidente da Faern, José Álvares Vieira, e
diretores do Ministério no RN, alertaram o secretário Betinho Rosado sobre a
problemática da febre aftosa no rebanho estadual. “Fizemos estudos e
descobrimos que o status de risco médio poderá cair para desconhecido. E isso
será muito prejudicial para toda a pecuária potiguar”, afirmou Francisco
Jardim.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, o
governo precisa dar uma resposta rápida para essa questão. “Temos que discutir
seriamente esses dados fornecidos pelo Mapa. A governadora e o secretário
Betinho precisam se alertar com relação ao problema que poderá transformar o
Rio Grande do Norte em uma ilha sem contato com outros estados. E não será
apenas a pecuária que sofrerá com um possível rebaixamento de status. A
fruticultura também sofrerá com essa notícia. A agricultura como um todo sofrerá”,
enfatizou José Vieira.
Na reunião, o secretário Betinho Rosado se mostrou receptivo as
propostas do Ministério da Agricultura e afirmou que trabalhos serão feitos
para reverter o possível quadro negativo. “Iremos fazer um replanejamento para
pautar as ações de combate a febre aftosa”, resumiu Rosado.
O Norte e o Nordeste precisam avançar
Neste mês o Ministério da Agricultura vai dar início ao
cronograma para ampliar a zona livre de febre aftosa no País. Quatro estados
passarão por novas auditorias no rebanho bovino: Pará, Piauí, Pernambuco e
Maranhão.
De acordo com o Mapa, esses estados apresentam as melhores
condições para a mudança no status sanitário para livre de aftosa com
vacinação. “Estaremos, agora em fevereiro e março, analisando, por meio de
auditorias, quatro estados que poderão sair desse patamar de risco médio. Com
isso, esses locais darão um salto de qualidade. A nossa preocupação é o RN e a
Paraíba (Outro estado atrasado com relação à febre aftosa) ficarem de fora.
Lembramos que somos parceiros de todo os estados, e o Norte-Nordeste precisa
avançar”, lembrou Plínio Lopes.
O cronograma prevê uma série de etapas após a comprovação de que
as demandas do Ministério foram plenamente atendidas durante as auditorias. Na
fase seguinte ocorrerá a investigação sorológica dos rebanhos. Este processo
será realizado entre os meses de março e abril.
Em audiência pública Faern alertou sobre o problema
O problema da febre aftosa no rebanho do Rio Grande do Norte e a
mudança de classificação no status de risco médio para risco desconhecido foram
assuntos discutidos em audiência pública promovida em dezembro de 2011 na
Assembleia Legislativa.
Na oportunidade, o presidente da Federação da Agricultura, José
Vieira, alertou os diversos produtores rurais e autoridades do setor sobre a
questão. “Fizemos esse alerta com o intuito de ajudar ao Governo. Espero que
com essa reunião de hoje (07) nossas autoridades observem melhor a questão. Se
o rebanho potiguar voltar para o nível de risco desconhecido (fato que já
ocorreu no começo da década de 2000), os produtores não poderão mais
comercializar os seus animais em outros estados e nem os rebanhos desses
estados poderão entrar no RN”, finalizou Vieira. [Paulo Correia / AEcoar]
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