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sábado, 5 de agosto de 2017

Professora de Direito analisa os 11 anos da Lei Maria da Penha

Para Rebeca Câmara, professora da Estácio, a lei é o símbolo da luta contra a violência doméstica, contudo ainda depende do aparelhamento público para ser mais bem efetivada

A Lei Maria da Penha completa 11 anos de sanção nesta segunda-feira (07). A norma foi um marco no combate à violência contra a mulher no Brasil, protegendo contra a violência doméstica e familiar. Para a professora de Direito da Estácio Rebeca Câmara, a lei como foi estabelecida, cumpre seu papel como o principal mecanismo para o amparo dos direitos da mulher.

A Lei n.º 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, foi sancionada no dia 11 de agosto de 2006. A lei ganhou este nome devido à farmacêutica Maria da Penha, natural do Ceará, que lutava para ver seu agressor condenado. Em seu texto, o instrumento legal compreende toda a violência doméstica, que não se resume a agressões físicas, mas abarca também as violências psicológicas, patrimoniais e morais.

“A Lei Maria da Penha deu mais celeridade à resolução das ações de violência doméstica e promoveu o estabelecimento de varas especializadas, onde temos juízes e servidores conhecedores da lei e, por isso, mais capacitados a atenderem os casos”, aponta a professora Rebeca Câmara. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Lei Maria da Penha contribuiu para evitar 10% das mortes de mulheres dentro de casa.

Outra vantagem, analisa Rebeca, é a força simbólica da lei. “Na época de sua sanção, a lei Maria da Penha foi amplamente divulgada e nestes onze anos a sua efetividade é conhecida pela população. A Lei Maira da Penha se tornou a simbologia da luta contra a violência doméstica”, constata. Conforme indica a pesquisa do DataSenado de 2017, a Lei Maria da Penha é conhecida por 100% da população.

No entanto, ainda há lacunas no poder público para que a lei possa ser aplicada e cumprida. “Faltam mais delegacias especializadas, material humano e material de trabalho. Atualmente, em todo o estado, só existem Delegacias Especializadas no Atendimento a Mulher em Natal, Parnamirim e Mossoró. É preciso a interiorização das delegacias, e ainda, mais opções de casas de apoio para que realmente seja uma opção viável o abrigo às mulheres que necessitarem de proteção”, coloca a professora.

Atendimento

Na Central do Cidadão da Zona Norte – localizado no shopping Estação os estudantes dos cursos de Serviço Social e Direito da faculdade Estácio de Natal prestam atendimentos sociojurídicos à comunidade, gratuitamente. O projeto, que é uma extensão do Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio (NPJ), funciona todas as segundas e quartas-feiras, das 9h às 13h. No local são recebidas demandas relacionadas à Vara de Família. São casos que envolvem pensão alimentícia, direito do idoso, violência contra a mulher, violência sexual, entre outros. De acordo com a professora coordenadora do projeto, Paula Soares, 80% dos casos recebidos são relacionados à violência doméstica. [por assessoria de imprensa]
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