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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Transplante de órgãos: Conheça o passo a passo para salvar uma vida

Ministério da Saúde e FAB são parceiros para ajudar pessoas que precisam de um transplante de órgão em todo o país

Quem espera por um transplante está sempre lutando contra o tempo. A mesma coisa ocorre com o órgão que é retirado para ser transplantado. O tempo de isquemia, período que o órgão sobrevive sem circulação sanguínea, é geralmente muito curto, e cada minuto conta.

Mas para que o transplante ocorra dentro do prazo esperado e com segurança, é preciso seguir um processo complexo, que deve ser rápido e eficiente. E a parceria entre o Ministério da Saúde, a Força Aérea Brasileira (FAB), e as companhias aéreas comerciais é essencial para garantir o sucesso da operação. O Blog da Saúde organizou um passo a passo sobre esse processo. Confira:

1 – Para que um indivíduo seja considerado apto a doar os órgãos, é necessário que o Hospital confirme a morte encefálica. Em seguida, a Central de Transplantes do Estado é notificada, como manda a lei, e a família do potencial doador é consultada a respeito da vontade e autorização de doar ou não os órgãos.

2 – Se a família autorizar a retirada dos órgãos, a Central de Transplantes do Estado fica encarregada de gerar uma lista de receptores para cada órgão que será doado. Pode ser fígado, pulmão, coração, rins, pâncreas, intestino ou córneas. Também é marcada a cirurgia de retirada dos órgãos em conjunto com o Hospital.

A Coordenação Geral do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde (MS) explica que quando ocorre uma doação no estado a Central Estadual, por meio do Sistema Informatizado de Gerenciamento (SIG), gera uma lista de receptores compatíveis. “A posição na lista de espera é definida basicamente pela compatibilidade sanguínea, pela gravidade, pelo tempo em lista do receptor, e em alguns tipos de transplantes por compatibilidade genética, peso e altura. Os pacientes também podem ser enquadrados nas chamadas “situações de urgência” ou “priorização”, conforme situações que agravam a condição clínica do receptor levando-o ao risco de morte iminente”, conforme explica a SNT.

3 – Depois que a cirurgia é agendada, a Central de Transplantes Estadual fica encarregada de organizar a logística para o transporte dos órgãos que serão retirados, para que cheguem dentro do prazo ao local onde está o receptor. Entretanto, pode acontecer de não haver nenhum doador compatível no local. “Se isso acontecer, o órgão é ofertado para os demais Estados dentro da respectiva macrorregião. Não havendo receptor na macrorregião, o órgão é distribuído nacionalmente, sendo estas duas últimas situações gerenciadas pela Central Nacional de Transplantes”.

4 – Levando em conta a Lista Única Nacional e os critérios pré-estabelecidos de compatibilidade de um doador com um receptor e identificada a melhor opção, é hora de escolher qual a melhor maneira de transportar o órgão. Pode ser por terra (carro) ou por ar (avião). É o tempo de isquemia que determina o meio de transporte, pois esse prazo varia de órgão para órgão. Um coração, por exemplo,  pode sobreviver fora do corpo humano em temperatura de resfriamento adequada entre 4h e 6h. Entretanto, um pâncreas pode ficar entre 12h e 24h a espera do receptor.

5 – A Força Aérea Brasileira pode ser acionada para auxiliar o transporte caso o tempo de isquemia seja curto. Desde junho do ano passado, um decreto presidencial determina que haja sempre uma aeronave a disposição para estes casos. A FAB explica que um profissional da CNT coordena a distribuição nacional e o transporte aéreo de órgãos a partir de Brasília, por meio de um Centro de Operações em funcionamento 24 horas. A partir daí, verifica-se qual aeronave poderá ser utilizada e de qual Unidade Aérea, e emite-se uma Ordem de Missão para realizar o planejamento da missão e o voo. [Blog da Saúde > Saiba mais]
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