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quinta-feira, 20 de abril de 2017

A Psicologia como aliada no tratamento da obesidade

Pessoas obesas têm um risco 55% maior de desenvolver depressão, por isso, o acompanhamento especializado pode ajudar a descobrir as causas da doença e tratar

Quem está acima do peso sabe muito bem o quanto é difícil conseguir se entender com a balança e o quanto pesa o olhar de reprovação dos que estão ao redor. Além do risco de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, a obesidade também pode provocar depressão. Em muitos casos, a depressão pode até ser a causa da obesidade.

Para ajudar às pessoas acometidas pela doença a entender a situação em que se encontram e encontrar a cura, a indicação é que contem com acompanhamento psicológico, além das outras especialidades médicas indicadas para cada caso. A análise é da professora de Psicologia da Estácio Ponta Negra, Marianna Lucena.

Para a especialista, a obesidade geralmente é vista como um desleixo, a sociedade não encara como uma doença que pode e deve ser tratada. “As pessoas enxergam o obeso como alguém negligente com a sua saúde e seu corpo. Mas nem sempre é o caso. Este preconceito social, sentido pelo obeso, também pode ser um fator para a ocorrência da depressão”, explica a psicóloga.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, a obesidade entre a população brasileira cresceu em 60%. Passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo um em cada cinco brasileiros. O mesmo estudo revelou que em Natal 19,8% da população está obesa, número acima da média nacional que é de 18,9%.

Os dados integram a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais do país.  O resultado reflete respostas de entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos das capitais brasileiras.

Segundo estudo publicado em 2010 pela revista Archives of General Psychiatry, as pessoas obesas têm um risco 55% maior de desenvolver depressão ao longo do tempo em comparação com pessoas de peso dentro do padrão. Além do preconceito social, fatores como alterações na química e função do cérebro em resposta ao estresse, transtornos emocionais e padrões alimentares alterados, bem como o desconforto físico em decorrência do excesso de peso, são conhecidos também por promover a depressão.

Neste contexto, a Psicologia pode ser uma aliada ao tratamento da obesidade. “Há uma relevante importância do acompanhamento psicológico para pessoas acima do peso. Elas podem descobrir razões psicológicas que desencadeiam a obesidade e tratá-las na sua origem”, destaca Marianna.

Ela acrescenta ainda que o ideal, é que o paciente que procura tratamento médico para diminuição do peso, conte também com um acompanhamento psicológico. Afinal, fazer dieta exige disciplina, mudança de hábitos e acompanhamento adequado para que a almejada perda de peso seja alcançada e, o que é melhor: seja mantida. [por assessoria de imprensa]
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