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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Servidores da saúde de Santa Cruz estão em greve

Prefeitura paga R$ 788,00 de salário-base aos servidores concursados, abaixo do salário mínimo
Os servidores da saúde de Santa Cruz iniciaram uma greve nesta terça-feira (21), após tentativas de negociação frustradas com a Prefeitura. A última ocorreu no dia 20/02, com a Secretaria Municipal de Saúde. Os servidores cobram o reajuste do salário-base, atualmente em R$ 788,00, reajuste nas gratificações e condições de trabalho.

O salário base é o mesmo desde 2015. Com isso, permanece abaixo do valor do salário mínimo, atualmente em R$ 937,00. Mesmo somando gratificações e adicionais, alguns servidores permanecem recebendo abaixo deste valor. Uma consulta no Portal da Transparência da Prefeitura mostra que muitos servidores – técnicos de enfermagem, Auxiliares de Farmácia, etc – recebem vencimentos entre R$ 800 e R$ 900.

O Sindsaúde entrou na Justiça em agosto de 2016, pedindo a recomposição do salário-base dos servidores. “Ninguém pode receber abaixo do mínimo. A Prefeitura está cometendo uma ilegalidade”, afirma Franklin Henrique, diretor da entidade. O sindicato alega ainda que os servidores temporários recebem o salário-base igual ao valor do mínimo atual.

As gratificações estão há muito mais tempo congeladas: cerca de oito anos. O valor pago aos servidores de nível médio oscila entre R$ 150 e R$ 200. Valores maiores são pagos a servidores de nível superior, como enfermeiros e médicos, que  superam o salário-base. Além da recomposição do valor das gratificações, os servidores pedem que parte delas seja levada para a aposentadoria e que seja feito o desconto ao INSS. Um enfermeiro, por exemplo, se aposenta hoje com praticamente o valor do salário-base.

A greve reivindica que seja implantado um Plano de Cargos e Salários na saúde do município, recomendação que consta nas Diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). A cidade, a 11º do estado em população, ainda não tem o seu plano de cargos. 

Condições de trabalho - O sindicato cobra a realização de um concurso público, que reduza a quantidade de contratos temporários e a precarização da força de trabalho. Atualmente, apenas cerca de 30% dos trabalhadores são efetivos e o último concurso ocorreu em 2009.

Outra reivindicação é a garantia de condições de trabalho, em especial os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Hoje na maioria dos locais faltam botas de ASG, máscaras e luvas para o contato com os pacientes. Quando tem luvas, não são do tamanho adequado. Além de um salário defasado, estamos trabalhando correndo risco”, afirma Franklin.

A greve tem crescido em adesão e tomado às ruas. Depois de uma visita na Câmara dos Vereadores, os servidores têm permanecido nos principais pontos da cidade, com faixas, alertando a população para os motivos da greve. O sindicato solicitou uma audiência com a prefeita Fernanda Bezerra (PMDB), que não foi agendada. [por assessoria de imprensa]

Foto relacionada à divulgação
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