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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Encerramento do seminário sobre Arboviroses alerta para a importância das notificações

A falta de notificação nas unidades básicas de saúde e unidades mistas – as chamadas “portas de entrada” no sistema de saúde pública –  faz com que mais de 70% dos óbitos em decorrência das arboviroses (zyka vírus, chikungunya e dengue) não levantem essa suspeita. Por essa razão, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) insiste para que os municípios fiquem cada vez mais atentos aos sintomas. O alerta foi da técnica da Vigilância Epidemiológica (SUVIGE) da Sesap, Suely Lopes Correia Pereira, durante o “Seminário Norteriograndense sobre arboviroses e suas complicações”, que se encerrou na tarde desta quarta-feira (14), no auditório da reitoria da UFRN, com parceria da Organização Panamericana de Saúde (OPAS).

“É preciso ir ao encontro do outro. Os gestores têm o desafio diário de superar as dificuldades financeiras e administrativas e promover o acesso aos serviços de saúde. Muitas vezes a notificação é menosprezada por pensarem se tratar somente de um formulário, mas é a partir das informações bem embasadas que se norteia os profissionais que estão na ponta da qualidade da assistência”, afirma.

A notificação deve acontecer a partir da primeira suspeita, com os primeiros sintomas. Caso contrário, os casos só vão aparecer posteriormente nas estatísticas, e ainda haverá dificuldades para o trabalho de prevenção em áreas que estão com forte incidência do vetor das arbovirores, o mosquito Aedes aegyptae, impedindo o direcionamento de ações e economia de recursos. São locais próximos à vítima e com grande chance de ter, em seu entorno, pessoas vulneráveis, como idosos, imunodeprimidos, entre outros, com baixa imunidade.

AVANÇO
No evento que reuniu pesquisadores, gestores e profissionais de saúde de todo o País, um exemplo positivo no acolhimento às mães e crianças com microcefalia veio do município de Vera Cruz. O Plano Municipal de Atenção à Criança com Microcefalia foi detalhado por Joyce Naiana de Lima.

Entre as práticas bem-sucedidas no município, está a consulta compartilhada com vários profissionais. Uma das práticas inseridas na metodologia é a atuação do profissional de educação física e do terapeuta ocupacional, que preparam as crianças a partir dos 6 meses de idade para as aulas de natação, que acontecem duas vezes por semana. O objetivo é desenvolver o sistema neuropsicomotor e adequar o sistema motor oral para funções como percepção, deglutição, mastigação, respiração e fala, desenvolvendo o sistema motor.

Na parte de Tecnologia Assistida e Técnicas Complementares, são produzidas órteses e materiais de estimulação, contribuindo mais ainda para os bons resultados. “A experiência tem se mostrado bastante gratificante. Atuamos com os objetivos principais da estimulação precoce e da inclusão social. As mães e crianças se sentem confortáveis e estamos atingindo um nível em que as crianças com microcefalia têm um desenvolvimento muito próximo das outras crianças”, afirmou Joyce, arrancando aplausos da plateia. [Ascom/Sesap]

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