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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Apiário do Projeto Colmeia Potiguar recebe alunos do curso técnico de Apicultura

O apiário do Projeto Colmeia Potiguar, desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, em parceria com a Emater e a UFRN, recebeu, na manhã de sábado (26), os alunos do curso técnico em apicultura da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN), durante uma aula prática. O curso é realizado na modalidade semipresencial e tem duração de dois anos. A turma conta com 22 alunos, sendo 17 militares do Corpo de Bombeiros Militar.

O curso visa difundir conhecimentos e preparar técnicos para atuarem no mercado apícola. A grade de disciplinas do curso é bastante diversificada sempre como foco a captura, o manejo e produção apícola. Disciplinas como a matemática e o inglês são ministradas ênfase voltada para a atividade apícola, além das disciplinas base como introdução à apicultura, manejo apícola e legislação de mel.

A coordenadora do curso, a professora Gunthinéia Alves de Lira, destaca a importância do curso, principalmente em virtude da diminuição crescente no número de abelhas no planeta, bem como a queda na produção de mel no Estado do Rio Grande do Norte.

“A redução drástica no número de abelhas que vem ocorrendo no mundo como um todo é algo muito preocupante, principalmente pelo papel que as abelhas exercem na atividade de polinização, são os principais polinizadores e sem elas a produção dos nossos alimentos estará comprometida. Além disso, exercem papel fundamental na reprodução de diversas espécies vegetais e sem falar na importância representada pelo mel na alimentação e produção de produtos diversos como nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos”, explica a professora.

A execução do curso tem como principal finalidade difundir conhecimentos e reativar o crescimento da atividade apícola no Estado do Rio Grande do Norte, através da inserção de técnicos no mercado, onde esses possam multiplicar o conhecimento e reacender a atividade no Estado.

Segundo o Capitão Jonas Alves, comandante da Seção Independente de Defesa Ambiental (SIDAM), o curso é de extrema importância para a instituição, principalmente pelo grande número de atendimentos diários que o órgão realiza de captura de enxames.

“No ano de 2016 a média mensal de atendimento às ocorrências de captura de enxame é de 100 ocorrências/mês e diante deste contexto torna fundamental especializar os militares de forma a possibilitar que o serviço seja realizado da melhor forma possível, buscando garantir a segurança da guarnição, da população e a preservação dos enxames através de método adequado de captura e do manejo correto com as abelhas”, ressaltou o capitão Jonas Alves.

Participam do curso bombeiros de diversas unidades da corporação como: Seção Independente de Defesa Ambiental (SIDAM), Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), Grupamento de Bombeiros de Mossoró, Grupamento de Bombeiros de Caicó e do Centro de Gerenciamento de Ocorrências (CGEDC) - afirmou o Capitão.

Um momento importante da aula foi a chegada de mais um enxame para o apiário. Os alunos do curso tiveram a oportunidade de presenciar a chegada da guarnição de captura de enxames do Corpo de Bombeiros que trazia dois enxames que acabaram de ser capturados, possibilitando a observação da metodologia de trabalho da guarnição e o conhecimento da gama que equipamentos que compõe a viatura de captura.
 
ABELHA RAINHA CAPTURADA PARA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS

Durante a aula prática, os alunos realizaram a manutenção de diversas colmeias, executando a limpeza do local, a retirada de traças e formigas, substituição de quadros de cera alveolada entre colmeias (com a finalidade de reforçar os enxames enfraquecidos), identificaram a abelha rainha em cada enxame e a postura de cada rainha.

“Durante a aula podemos verificar in loco a teoria vista em sala de aula. Nunca tinha visto uma abelha rainha, o único contato que tinha era através de imagens. Outro fator que ficou bem nítido foi a necessidade do manejo frequente com os enxames. Ficou clara a obrigação de manutenção diária dos enxames em função do aparecimento de traças e formigas, as quais já davam indícios de surgimento em alguns enxames”, comentou um aluno. [Assessoria Imprensa Sesed]

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