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sábado, 17 de setembro de 2016

Saudade suprida é felicidade garantida

Por Flávio Rezende*

Sou aquele casado chamado de "moderno ". Moro com Gabriel num apto e minha esposa com Mel em Ponta Negra. Apesar deste modelo as vejo quase todos os dias e passo os fins de semana com elas.

Essa maneira de levar a vida provoca pequenas saudades. Quando estou no apto sinto saudade de diversas coisas da casa das mulheres e vice-versa.

Quando temos essas pequenas saudades, que podem ser supridas, a vida vira uma festa.

Saudade ruim. Saudade que mata. Saudade que arrasa, é saudade que não pode ser resolvida.

Saudade pequena, temporária, rápida de ter fim, cria um clima legal, deixa a gente com vontade de dar the end a ela, e ao fazer, sentimos aquela gostosa sensação que todos nós conhecemos bem.

Pois bem, passei uns dias longe das minhas joias femininas e chegando pude resolver. Beijos, abraços, saídas para passeios e outros babados mais solucionaram o conjunto de saudades que envolvia as minhas belas.

Mas uma outra saudade acontecia. Era o banho naquele chuveiro do lado de fora da casa. Aquele banho frio. Aquele banho farto naquela abertura enorme de chuveiro que dizima o sal do mar.

E chegou a hora de matar a saudade dele. Ao lado de um pé de acerola, já velhinho pelo tempo, o chuveirão estava lá me aguardando uma vez que só eu o uso. E o encontro foi maravilhoso. Curti cada segundo, cada gota e com olhar apaixonado, ao fechar o acesso àquele paradisíaco banhar, enviei mentalmente um muito obrigado por todos os banhos que já se foram e aos que ainda virão.

Que bom se afastar só um pouquinho do que gostamos, para poder voltar cheio de gratidão e de carinho.

*Jornalista e escritor
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