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domingo, 8 de março de 2015

O adeus a Aíde no dia especial das mulheres

Por João Bosco de Araújo


Foto pesquisa google/divulgação

Cada ser humano tem uma história de vida neste mundo terrestre. Vida severina, de dores e alegria, conforme o poeta. O outro pernambucano também disse: “Só é vivo aquele que já sofreu!”

A vida é bonita e temos de aproveitá-la. Ninguém vive por acaso. Temos um tempo e viveremos essa efemeridade, seja eterna, passageira. “Que seja eterno enquanto dure”, o poetinha versava sobre a fidelidade.

Ontem, 7 de março, minha tia, por afinidade, Aíde Silva Tavares nos deixou, foi para a casa do Pai. Aide foi casada com Antônio Tavares Neto, meu Tio Toinho, já falecido há 20 anos, irmão de minha mãe Alzira.

A família de meu tio nutriu muitas afinidades com Aíde, desde sua infância, onde fora vizinha, ela morava na esquina da Seridó e Augusto Monteiro, rua essa aonde residiam meus avós maternos, em Caicó. E posteriormente, com o casamento dos dois, no final dos anos de 1950. Foi nessa rua onde nasceu o primeiro filho, Eugênio, em 1959, ela com 20 anos de idade.

Em Caicó ou em Natal, quando vieram morar na década de 1970, há sempre um fato pitoresco a contar. Cada um com sua realidade. As férias no sítio de meu pai; já depois, os primeiros banhos nos meus sobrinhos, recém-nascidos, Virgínia e depois Victor; o presente de noivado de minha irmã Sueli; o batizado de Virgínia. Colhi apenas esses, compartilhados nas redes com a notícia dolorosa.

Particularmente, admirava-a, nem que fosse com seu jeito autêntico de ser, respostas ásperas, às vezes nem sempre do que gostaria de ouvir. Era positiva!

Em nossas conversas, percebia que se interessava nos assuntos dialogados, incentiva aperfeiçoar nos estudos, desde ainda criança. Tanto que me emocionei em nosso último encontro, uma semana antes de sua partida, no leito do hospital onde estava internada, em Natal.

Dois netos, rapazinhos adolescentes, filhos de Walber, estavam no apartamento e se despediam para viajar a Caicó. São gêmeos, e um deles, rebelde, mais afoito, segurava, carinhosamente, a mão da avó, gesto que se compreendia ser a derradeira vez, e, repentinamente, ouvi àquela voz, já não mais valente, mas cheia de ternura, de verdade: “Estude, meu filho”.

Como mulher de fibra, o destino escolheu para que fosse sepultada neste dia internacional, de homenagens às mulheres. Foi em Natal e estava ausente, porém presente em orações, rogando ao Pai de Misericórdia que a receba na infinita morada eterna e descanse em paz!

Aíde convalescia de câncer há anos, inicialmente de mama, nessa última enfermidade com metástase no pulmão. Era mãe de Eugênio (engenheiro de minas); Ivana (assistente social); Márcia (graduada em educação física); e Walber (engenheiro civil), todos casados.

    
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