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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Não ao impeachment; artigo de Poti Neto

Não ao impeachment

Poti Neto*

Todo mundo já sabe o que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, fará se vier a receber um pedido de impeachment da presidente Dilma baseado em atos que tenham sido praticados no mandato anterior: ele mandará arquivar.

Essa foi uma das principais notícias de ontem nas páginas informativas da internet. Mas, sobre o assunto, o presidente da Câmara já havia se manifestado antes, como no dia 4, na entrevista que concedeu a Denise Rothemburg e José Maria Trindade, no programa “Frente a Frente”, na Rede Vida de Televisão.

Na ocasião, os jornalistas disseram que, nas conversas de bastidor, há uma preocupação com o processo de enfraquecimento político da presidente da República, cuja situação estaria caminhando para ficar insustentável.

Para Eduardo Cunha, por trás dessa realidade há uma série de fatores: “Você tem aqueles que foram vencidos e não se conformam; tem aqueles que venceram a eleição e acham que votaram errado, porque se decepcionaram de alguma maneira; e tem aqueles que nem uma coisa nem outra, ficam ao sabor da confusão”.

Pelo raciocínio do deputado, esse quadro é preocupante pelo fato de indicar um processo de ruptura, “que não é a melhor coisa para o país”. Segundo Cunha, “o Brasil precisa de estabilidade política para ter estabilidade econômica”.

Claro, o presidente da Câmara reconhece que é delicado o momento atravessado pela presidente. Afinal, “a Petrobras é a maior história de corrupção do planeta” e a sociedade exige “punições exemplares”. “Mas – prossegue – nunca ninguém ouviu falar, nem da parte dos maiores adversários dela - que a presidente da República esteve envolvida em qualquer tipo de erro. Podem criticá-la administrativamente; podem criticar a suposta omissão, mas jamais criticá-la por ter tido qualquer participação ou conhecimento desses malfeitos”.

Não é que tudo tenha que ficar como está. Pelo contrário: “É claro que ela tem que tomar atitudes; é claro que ela tem que mudar muita coisa, como está tentando fazer na economia e, embora tardiamente, na própria Petrobras”.

Bom: considero bastante racional e equilibrado o raciocínio do presidente da Câmara, não obstante as notórias diferenças políticas que tem com a presidente da República. Mas, sem dúvida, ele fala com a segurança e a firmeza de quem deseja o melhor para o Brasil.

Ainda não vi nem ouvi todo o teor de sua entrevista à Rede Vida. Foram quase duas horas de conversa. E eu, como iniciante, preciso ouvir e "re-ouvir" para poder repassar aquilo que entendo como mais interessante.

Até a próxima.

Poti Neto (PMDB)
Vice-prefeito de São Gonçalo (RN)

*Com post na página do autor
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