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domingo, 4 de janeiro de 2015

Costumes e tradições de um sertão nordestino

CASAS PAREDE E MEIA
 
Com textos de Geraldo Anízio*
 
Foto: Karla Alves
No  sertão  a  maioria  das  casas  tem esse  formato com arquitetura  comum e ligadas uma as outras sem nenhuma brecha! Não  por  falta  de espaço, mas, os moradores antigos, tinham o costume de construir na rua, como eles mesmos chamavam, as casas pegadas ou mais conhecida como parede e meia; É que, também, costumavam por as cadeiras de balanço ao entardecer nas calçadas para conversar e contar histórias. A vida pacata e bucólica da cidade trouxe a tradição da prosa e da solidariedade nos pequenos lugarejos. Os que moravam em sítios, vez por outra comentavam em fazer uma casa  e morar na rua. Morar na rua significava morar na cidade. Porém as casas com o tempo foram tomando ares de cidades grandes e alterando os estilos funcionais de construírem as moradas dos que nasceram no sertão nordestino.
 
COPEIRA E POTES DE BARRO
 
Fotos: Ícaro Christian
No  sertão  esfriava-se água em potes, acima dos potes de beber água, a copeira  de madeira e copos de alumínio bem areiados  e brilhosos. A frieza do pote é natural do barro que é da terra. Cultura milenar vinda desde dos egípcios. Nos sítios, fazendas e cidades eram comuns os potes nas casas de moradas, bodegas, escolas... Na casa de meus pais, dois potes grandes para água de beber, dois na cozinha para comidas e lavagem de pratos e um no banheiro. Por muito tempo, carreguei as águas em galões das cacimbas e açudes da localidade de onde a gente morava. Com o tempo as coisa foram se adequando à modernidade e o pote ficou em desuso total. Esporaticamente se encontram em algumas localidades regionais do sertão. Assim foi no sertão por muitas décadas até que a modernidade tomasse o lugar da naturalidade sertaneja.
 
GARRANCHEIRA
 
Ó cerca... Ó ramada... Ó sertão!
 
No sertão pouco se faz cercas usando bons acessórios! Lá o sertanejo usa e sobrevive do que tem no cercado dele. As cercas na maioria é feita de lascas de caibros de juremas, pereiro,  e, de outras árvores da redondeza! Garranchos também servem para remediar os espaços para evitar de ovelhas e animais pequenos passem de um cercado para outro. Pouco se vê hoje, antes, via-se nas ruas, mulheres e rapazotes com feixos de garranchos e varavalhas para venderem. Tudo isso sem contar as furadas dos espinhos no meio dos juremais.
 
NO SERTÃO PREDOMINA A COR CINZENTA
 
Foto de Arysson Soares
No sertão a caatinaga fica seca de cor cinzenta pela ausência  d'água. O verde é  bonito, a cor cinza também vê-se beleza nela! Lá  os  animais são sadios,, por exemplo o gado não tem berna, ovelhas e bodes são adaptados ao meio. O bode sobrevive roendo as cascas das árvores e chegam a engordar. Os contrastes fazem a harmonia dizia Aristóteles. A máxima popular "Deus dá o frio conforme o cobertor" condiz com a realidade paradoxal vivida por quem mora numa terra de pouca chuva e muito sol.
 
*Com post napágina de Geraldo Anízio
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