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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sangue contra ebola; Artigo do jornalista Walter Medeiros



A sorte dos africanos

Walter Medeiros*
waltermedeiros@supercabo.com.br

Os africanos vitimados pelo vírus ebola tem sorte de não viverem no Brasil e estarem longe dos seus órgãos de medicina, saúde e vigilância. Se a epidemia estivesse acontecendo aqui, a orientação da Organização Mundial de Saúde – OMS passaria primeiro pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, que proíbe o uso de auto-hemoterapia e, entre outros órgãos, do Conselho Federal de Medicina – CFM, que aprovou parecer incompleto e tendencioso afirmando que a técnica não teria comprovação científica. Ou seja, aqui seriam necessários muitos anos de espera por providências que nunca chegam para testar uma terapia que vem salvando vidas há quase duzentos anos.

Neste final de semana a grande notícia na área de saúde pública é que a OMS recomenda usar sangue de pessoas curadas para tratar ebola. A OMS não diz com base em que o sangue de pessoas curadas seria ou poderia ser eficaz no referido tratamento. Isto nos leva observar que, da mesma forma que pode ser o sangue de pessoas curadas poderia ser sangue de pessoas que não foram infectadas ou das próprias pessoas infectadas, pois a imunidade do organismo é multiplicada por quatro com a aplicação da auto-hemoterapia.

Faz muito tempo que é mostrado pelo Dr. Luiz Moura que o corpo humano consegue produzir os anticorpos necessários para combater uma infecção causada pelo ebola. A OMS alega que assim, em teoria, os anticorpos que já fizeram efeito em um sobrevivente da doença podem ser transferidos pelo sangue para um paciente doente, ajudando o sistema imunológico dele para resistir ao vírus. Esta justificativa mostra que a entidade está muito atrasada na compreensão das terapias do sangue. E poderia convocar o Dr. Moura para uma consultoria de emergência, ou pelo menos fazer uma releitura do que já foi escrito por ele e outros a respeito, com base em experiências práticas e exitosas.

Antes tarde do que nunca, uma das diretoras da OMS, Marie Paule Kieny disse que "Existe uma chance real agora de que um produto derivado do sangue de pessoas curadas possa ser efetivo no tratamento de pacientes". Aliás, ela foi mais enfática ao dizer que "Nós concordamos que a terapia com sangue pode ser usada para tratar o vírus do ebola e precisamos colocar todos os nossos esforços para ajudar países infectados." Observou ainda que "Várias pessoas sobreviveram ao vírus e estão bem. Elas podem doar um pouco do seu sangue para tratar as outras pessoas que ainda estão doentes".

A OMS considera que não haveriam “dados em grande escala sobre a eficiência de uma terapia com sangue, já experimentada no passado”. Mas informa que “Estudos feitos em um surto do ebola em 1995 na República Democrática do Congo indicaram que sete de um total de oito pessoas sobreviveram à doença após terem recebido um tratamento usando sangue de pessoas que sobreviveram ao mal”. Desde o dia 30 de julho o uso da auto-hemoterapia é defendido para prevenir ebola, conforme matéria deste blog: http://hemoterapia.org/informacoes_e_debate/ver_opiniao/auto-hemoterapia-e-arma-para-tratar-ebola-a-auto.asp Entretanto, a técnica está proibida no Brasil, daí a Carta que está sendo assinada no facebook, https://www.facebook.com/photo.php?fbid=712155925505199&set=gm.624525897666332&type=1&theater . Já que a OMS propõe o uso de sangue, que seja pesquisado o efeito da auto-hemoterapia.

*Jornalista
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