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domingo, 10 de agosto de 2014

Adelço Ganhador, cordel lançado por Geraldo Anízio repercute nas redondezas e mundo afora

Geraldo Anízio bate à porta - ô de casa – e diz que o cordel de sua autoria lançado no final de 2013 foi bater longe, BBC de Londres, Congresso Nacional, Brasília, e muito divulgado e lançado nas emissoras de rádio das cidades circunvizinhas a Caicó. Aprecie, abaixo, um dos versos do lançamento:
 
ADELÇO  GANHADOR
 
Autor: Geraldo  Anízio

                 I
Pra todos vocês já conto
Uma  história  engraçada
De  um certo  camarada
Que  nunca  saiu  do  ponto
Por  dinheiro  está  pronto
Seja  qual  for  o  paradeiro
Tem  que  sim,  pagar  primeiro
Pra  fiado é  noves  fora
Bem disposto  faz  na  hora
Caro  Adelço  Balaeiro.
                 II
Adelço não é empregado
Trabalha  não  pra  ser  rico
Leva  recado e faz  seu  bico
Ganha  certo  o  seu  trocado
Vive  de  fazer  mandado
Seja  qual  for  o favor
Ele  cobra  o  seu  valor
Para  qualquer  conhecido
Por  isso,  ele é  conhecido
Como  Adelço  Ganhador.
               III
Seu  nome  é  bem  popular
Conhecido   e  bem  notório
Por velar  quem    morreu
De  rezar  em  oratório
Dez  reais  em  sua  mão
Chora  junto  ao  caixão
Hora  e  meia  de  velório
                IV
Ligeiro  e  quase  apressado
Sem  sofrer  nenhuma  íngua
Passa  o  dia  sem   comer
Mas  nunca  morreu  à  mingua
Falam  às  conversas  à toas
Dizem  até  às  más  pessoas
  de   carne  tem  a  língua.            
                 V
Seja  qual  for   o  assunto
Assim  possa  precisar
Quando  escrever  uma  carta
Quando  alguém  lhe  procurar
Aquém  isso   lhe  interessa
Bem  escrita  ele  endereça
Ao  destino  seu  lugar.
                VI
Pouco  dorme  quase  nada
Bem  ao  clarear  do dia
  de pé  com  seu  balaio
Atendendo  a  freguesia
Dos tostões   que  ele  alcança
Depositam  na  poupança
Pra aumentar  a  economia.
                VII
  toma   café  com  língua
Sem  mistura  ele  consome
Pouca  comida   no  prato
O  apetite  logo  some
Espalhou-se  assim  a  fama
Todo  mundo    lhe  chama
De  Adelço   morta  Fome.
                VIII
Desconhece  a  preguiça
Pois  trabalho  é  seu  bravo
É  abelha  que  faz  mel
Para  alimentar  seu favo
Nessa  luta  o  dia  inteiro
Nunca  retirou  dinheiro
Da  poupança  um  centavo.
                   IX
O  fósforo  é  quem  acende
A  chama   logo  alumia
Um  palito  parte  ao  meio
Pois  são  dois  de  serventia
Um,  pra  boca  do   fogão;
Outro,  acendo  o  lampião
Na  base   da  economia.
                 X
Grande   rajada  melancia
Certa  vez  ele  ganhou
Dada  por  um   conhecido
Por  lhe  ter  feito  favor
Dinheiro  se não  lhe  atrasa
Antes  de  chegar  em  casa
Apareceu-lhe  um  comprador.
                XI
Quando  Adelço  sai  de  casa
Regra  com  muito  aparato
Tira  as  pilhas  do  relógio
Da  parede  do  seu  quarto
Pra  fazer  necessidade
Usa  os  banheiros  da  cidade
Ou  faz    dentro  do  mato.
                XII
Ao  abrir  logo  a  Matriz
De   Santana  ele  assenta
Bem  em  frente  ao  altar
Por  reserva   o  sustenta
A  cadeira pago  a  vista
Dez  minutos  antes  da  missa
Ele  vende  por  setenta.
              XIII
Poupar  é  seu  nobre  lema
Desse  ilustre  vivedor
Poupa  tudo  quanto  ganha
Pra  não  sobrar  divisor
Dessa  forma  assim  tem  sido
Por  isso  é   conhecido
Como   Adelço  Ganhador.
               XIV
Na  vida   real    possui
Casas  simples  alugadas
Assim  cobra  por  semana
Dos  inquilinos  das  moradas
Doutra  forma  ele  se engana
  mês  de  quatro  semanas
Outros  de  cinco  acertadas.
                 XV
Adelço  ficou  famoso
O   Brasil  todo  semeia
Diz ele:  que  não    crise
Nem  a  coisa  está  feia
Faço  meu  próprio  sustento
Dizem  que  sou  avarento
Mão de  vaca  barriga  cheia.
               XVI
Dorme  apenas  com  um  olho
Permanece  o  outro  aberto
Possa  lhe   manter   atento
Quando  bem   estiver   coberto
Sem   perder  tempo  dormindo
Pode  algo  estar   sumindo
Mas  pra  isso  está   esperto.
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