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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Bololô Companhia Cênica do RN encena espetáculo no Ceará

CCBNB-Fortaleza realiza dois espetáculos cênicos gratuitos – um do Rio Grande do Norte e o outro do Rio de Janeiro –, no Theatro José de Alencar e no Teatro SESC Emiliano Queiroz, ambos no centro da cidade, neste fim de semana
 
Foto por assessoria: divulgação
O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza realiza dois espetáculos cênicos gratuitos neste fim de semana (de sexta-feira a domingo, do dia 31 de maio a 02 de junho), no centro da cidade.
 
O primeiro espetáculo acontecerá no Theatro José de Alencar (TJA), nesta sexta-feira (31), às 19h30, e no sábado (dia 1º de junho), com apresentação de duas sessões, às 18 horas e às 20 horas. É a peça teatral Retrato do Artista Quando Coisa, encenada pela Bololô Companhia Cênica, do Estado do Rio Grande do Norte, dirigida pela Companhia Luna Lunera de Teatro, de Belo Horizonte, Minas Gerais. O espetáculo foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2011 e realizou temporada de estreia em 2012 e 2013.
 
O espetáculo é livremente inspirado no livro homônimo do poeta, fazendeiro e advogado Manoel Wenceslau Leite de Barros, nascido em 19 de dezembro de 1916 (tem 97 anos de idade), no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá, em Cuiabá, capital do Estado brasileiro do Mato Grosso (MT), hoje radicado em Campo Grande (MT).
 
Retrato do Artista Quando Coisa é, antes de tudo, um convite à brincadeira, ao encantamento, à desconstrução das palavras acostumadas à linguagem dos pássaros e das pedras, ao deslimite. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 18 anos.
 
O Tempo como protagonista
O segundo espetáculo acontecerá no Teatro SESC Emiliano Queiroz (av. Duque de Caxias – em frente ao Dnocs – Centro – fones: (85) 3452.9066 / 3464.9347), nesta sexta-feira (31 de maio), sábado (dia 1º de junho) e domingo (dia 02 de junho), sempre às 20 horas.
 
A peça Bodoncogó será encenada pela Companhia Teatro Epigenia, do Rio de Janeiro, com texto do contista, poeta e subeditor de Cultura do jornal Correio da Paraíba [da capital João Pessoa (PB)], Astier Basílio, natural de Campina Grande (PB), e direção de Gustavo Paso. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.

 
O projeto de encenação do conto de autoria de Astier Basílio conta a história de Bodocongó, uma cidadezinha perdida no mapa, onde mora um visionário, meio poeta, meio cineasta, que filma o tempo durante um período de 40 anos. O tempo é o seu protagonista.

As relações estabelecidas pelos personagens refletem as contradições dos relacionamentos humanos, estabelecendo um convite à introspecção e ao desnude da psiquê.
Quando as formigas são perseguidas
 
É preciso transver o mundo, disse Manoel de Barros.  O espetáculo Retrato do Artista Quando Coisa é o resultado de uma série de transvisões e transversões, é o fruto do olhar modificado dos atores pela poesia cheia de deslimites de Manoel, é invenção do olhar que vê de azul. 
 
Os atores, assim, com o olhar azulado, cheios de pássaros e atentos mesmo para as coisinhas mais ínfimas, convidam o público a transver: as cenas, os objetos, a eles, a si mesmos, enfim, as coisas. Pois tudo vira coisa, tudo fica passível de transformação, de ser visto de azul, de ser revisto e transvisto. 
 
Numa narrativa não-linear, o espetáculo tem predileção por transver as coisas abandonadas, tem um olhar para baixo – como o que Manoel de Barros confessou ter. Os objetos que compõem o cenário são trastes que foram encontrados no meio da rua, ou inutilidades trazidas a titulo de descarte pelos próprios atores ou por amigos.
 
Os atores se abandonam às coisas, para fabricar brinquedos com palavras, para delas extrair poesia. Assim, no meio de tantas inutilidades, poesias são desvendadas, formigas são perseguidas, retratos são revelados.
 
As vozes dos atores se confundem com a voz de Manoel, que ressoa pelo quintal, convidando singelamente a transver o mundo. O espetáculo é, antes de tudo e sem maiores pretensões, um convite. Um convite à brincadeira, ao encantamento, à desconstrução das palavras acostumadas, à linguagem dos pássaros e das pedras, ao deslimite.
 
Prêmio Funarte de Teatro e Programa de Cultura BNB/BNDES
 
A Bololô Companhia Cênica foi fundada em 2009 e é formada pelos atores Alex Cordeiro, Arlindo Bezerra, Luana Menezes, Paulinha Medeiros e Rodrigo Silbat.
 
A Companhia é fruto do desejo, do sonho e da determinação de experimentar as artes cênicas do modo mais fiel, mais livre, mais integral e mais verdadeiro possível.
 
Hoje a Bololô continua com o mesmo desejo, sonho e determinação de uns anos inocentes atrás, mas agora cada vez mais enriquecida pela convivência e pelos aprendizados de uns anos (já não tão inocentes) de experiência artística profissional.
 
Tendo como cerne da pesquisa e das criações do grupo as questões relevantes ao intérprete-criador, isto é, de como pode o ator ser propositor da cena, a Bololô deu início ao seu percurso artístico com o processo de criação do seu primeiro espetáculo.
 
Era “Todo Avental”, uma adaptação do texto “Avental Todo Sujo de Ovo”, do premiado dramaturgo cearense Marcos Barbosa.  Estreou o espetáculo “Todo Avental” em 2011, dirigido pelo encenador Alex Cordeiro e patrocinado pelo Programa de Cultura BNB/BNDES – Edição 2010.
 
Em 2012, a Bololô foi convidada para participar do Projeto Jovens Escribas em Cena, do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare em parceria com o coletivo de escritores Jovens Escribas.
 
Nasceu, a partir deste projeto, o experimento “Na Mesa com o Bobo”, uma adaptação do texto “Yorrick”, do escritor Márcio Benjamim. “Na Mesa com o Bobo” permanece enquanto um experimento cênico performático no repertório da Companhia.
 
Também em 2012, a Companhia teve o projeto “Retrato do Artista Quando Coisa” viabilizado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz – 2011.
 
O projeto consistia na montagem do espetáculo de mesmo nome, inspirado pela obra poética de Manoel de Barros, e dirigido pela Companhia Luna Lunera de Teatro, de Belo Horizonte (MG). O Prêmio Myriam Muniz possibilitou o encontro das companhias e viabilizou a produção do espetáculo, que estreou em dezembro de 2012.
 
A Bololô acredita na riqueza e na importância da pesquisa e da investigação artística para o desenvolvimento de trabalhos sólidos e singulares, que estejam em consonância com as convicções dos seus atores-criadores.
Acredita, ainda e essencialmente, na relevância do encontro – tanto com outras companhias de arte quanto com o público – para a continuidade e evolução das suas ações e para o crescimento da companhia no cenário teatral.
 
Centro de convivência artístico-cultural com 12 mil m2 e 103 anos de existência
 
Fundado em 17 de junho de 1910 (há 103 anos), o Theatro José de Alencar (TJA) é um centro de convivência artístico-cultural de mais de 12 mil metros quadrados. Integra, além do teatro-monumento, um jardim e o Cena (anexo à edificação histórica). É aberto de terça-feira a domingo.
 
Exuberante exemplar da arquitetura de ferro no Brasil, o TJA se localiza no Centro de Fortaleza, integrando vários espaços.
 
A edificação de 1910, o chamado teatro-monumento, é dividida em dois blocos. A sala de espetáculo propriamente dita está no segundo bloco. É a fachada mais conhecida, em arquitetura de ferro. Uma sala transparente, atravessada pela luz da cidade.
 
Exemplar de teatro à italiana, uma vez que do palco se pode ver a rua. Nos quatro pisos, acomoda até 800 pessoas na platéia (térreo), balcão e frisas (segundo piso), camarotes (terceiro piso) e torrinha (quarto e último piso). A sala conta com quatro conjuntos de banheiro, dois no piso dos camarotes e mais dois no piso da torrinha. Sob o palco, o porão abriga quatro camarins, serviço de copa e salas de apoio da coordenação técnica e de som. Acima do palco, mais dois camarins. Entre um bloco e outro, um pátio interno, também usado como espaço cênico. No primeiro bloco, o foyer, estão o salão nobre nos altos, com capacidade para 120 pessoas; o saguão, café e bilheteria no térreo. Conta com dois conjuntos de banheiro. Ao lado da edificação de 1910, o jardim projetado pelo paisagista Burle Marx tem palco a céu aberto e também é usado como espaço cênico, acolhendo atividades em vários formatos. É um jardim com mais de 50 tipos de plantas dos cinco continentes. Está aberto no horário de funcionamento do TJA e conta com visita guiada específica aos domingos e feriados nos horários das 14h, 15h, 16h e 17h. Do outro lado da edificação de 1910, o Cena, mais conhecido como anexo. Abriga as atividades da direção, administração e produção do TJA mais um conjunto de espaços para atividades formativas (Sala de Canto Paulo Abel, Sala de Dança Hugo Bianchi, Sala de Música Jacques Klein e Sala de Teatro Nadir Papi Saboya), uma sala de leitura (Biblioteca Carlos Câmara), um espaço expositivo (Galeria Ramos Cotôco), um teatro de bolso (Teatro Morro do Ouro, com 90 lugares) e um pátio com palco a céu aberto, a Praça Mestre Pedro Boca Rica. Todos são usados também como espaços cênicos.
 
Aberto de terça a sexta a partir das 9h e aos sábados, domingos e feriados a partir das 14h. Sempre até a última atividade programada. Não abre às segundas-feiras, exceto em programações especiais (mostras, festivais, etc.). Caso o dia 17 do mês seja uma segunda-feira, abre a partir das 14h com atividades de acesso gratuito. Os dias 17, de janeiro a dezembro, são dias também de programação gratuita para marcar o aniversário do TJA, inaugurado dia 17 de junho de 1910. Dispõe de 40 horários por semana de Visita Guiada: 8h, 9h, 10h, 11h + 13h, 14h, 15h, 16h (terça a sexta) - 13h, 14h, 15h, 16 (sábados, domingos e feriados) - R$ 2 e 4. Gratuita toda primeira terça, todo dia 17 e último domingo de cada mês.
 
Luciano Sá
Assessor de Comunicação e Cultura
Banco do Nordeste do Brasil
Tel.: (85) 3464.3196
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