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domingo, 18 de março de 2012

Tuberculose

Por Paulo Tarcísio Neto
Medicina UFRN / paulo_tarcisio@hotmail.com

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa provocada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, como é mais conhecido.
No passado, ser portador de tuberculose representava praticamente uma sentença de morte. Não existia tratamento  eficaz. Hoje em dia, no entanto, a terapia contra a doença é eficaz e gratuita para todo cidadão brasileiro.

Muita gente acredita que devido ao fato de ter tomado a vacina contra a tuberculose deveria ser imune contra a patologia. Trata-se, pois, de uma vacina especial. Chamada de Bacilo de Calmette Guérin, ou BCG, tal vacina não nos protege contra a infecção do bacilo, mas sim contra as apresentações graves da doença. Apesar de a tuberculose pulmonar ser uma doença séria, muito pior é a tuberculose no sistema nervoso (ou miningite tuberculosa), nos ossos e nos rins.

É clássico, quando se pensa em tuberculose, imaginar um paciente tossindo sangue. Entretanto, essa já é uma fase bem mais avançada da doença. Qualquer pessoa com tosse há mais de 3 semanas pode ser portadora de tuberculose. Perda de peso e febre no final da tarde também costumam acontecer. Toma-se em consideração, além do quadro clínico, o chamado “exame de escarro” e o Rx de tórax para o diagnóstico. O acompanhamento da resposta ao tratamento é feito com a reavaliação desses três parâmetros, especialmente do exame de escarro.

Fato é que a tuberculose é uma patologia que em geral acomete pessoas de baixa renda, com péssimas condições alimentares, alcoólatras e pacientes imunodeprimidos, como os portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ou AIDS. Claro que há as exceções à regra, mas, de maneira geral, a presença da tuberculose como uma doença de tão alta prevalência em nosso meio é um símbolo de que ainda estamos muito longe de nos tornar um país de primeiro mundo.

O tratamento da tuberculose é gratuito, eficaz e acessível para todo cidadão brasileiro na rede pública de saúde. Tem duração de 6 meses nos casos sem complicação e deve ser realizado até o fim, mesmo que o paciente já esteja “se sentindo bem”. Caso tenha tosse há mais de 21 dias, procure seu médico!
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