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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Letras do álbum “Revolver”, dos Beatles, serão analisadas antes de show com as músicas do disco

Foto:divulgação
O programa Literatura em Revista, do Centro Cultural Banco do Nordeste, analisará a poética das canções do álbum “Revolver”, dos Beatles, no próximo sábado, 3, às 16 horas, com entrada franca. “Revolver” completou 45 anos de história na música mundial neste ano de 2011. As letras das canções do disco – entre elas, os clássicos “Eleanor Rigby”, “Yellow Submarine”, “Here, There and Everywhere”, “Taxman”, “Good Day Sunshine”, “For No One” e “Got to Get You into My Life” – serão comentadas pelos pesquisadores beatlemaníacos Nelson Augusto, Astrid Miranda Leão e Fábio Parente, que produzem e apresentam o programa “Frequência Beatles”, na Rádio Universitária FM (107.9 mHz), de Fortaleza.

Após a análise do cancioneiro dos Beatles, a banda cover “Rubber Soul” subirá, às 18 horas, ao palco do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108), para tocar todas as músicas do álbum “Revolver”, exatamente na ordem em que foram gravadas no CD (à época, LP).

Revolver, sétimo álbum dos Beatles

Revolver é o sétimo álbum do grupo de rock inglês The Beatles lançado em 5 de agosto de 1966, inicialmente no Reino Unido e em 8 de agosto nos EUA. Atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso americana e inglesa. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Considerado ainda mais inovador do que seu antecessor (Rubber Soul, de 1965), Revolver marca a adesão oficial dos Beatles ao Psicodelismo. Passeia desde a música oriental "Love You To", aos apelos vibrantes de "Got to Get You into My Life", da solidão lúgubre de "Eleanor Rigby", ao experimentalismo psicodélico de "Tomorrow Never Knows" e o ufanismo de "Yellow Submarine".

Nesta, particularmente, a chave da nova "abertura": "Vamos vivendo uma bela vida/Achamos para tudo uma saída/Céu azul, mar verde e belo/Em nosso submarino amarelo". Com os Beatles, o mundo embarcaria no submarino amarelo da fantasia, pronto para viver toda a loucura dos últimos anos da década.

George Harrison aumenta sua participação como compositor

Pela primeira e única vez, George consegue colocar três músicas de sua autoria em um álbum dos Beatles. "Taxman" é uma crítica aos altos impostos ingleses cobrados de pessoas com altos ganhos como os Beatles. No trecho em que George canta "Mr. Wilson" e sobre "Mr. Heath" ele refere-se especificamente a Harold Wilson (Primeiro Ministro Inglês do Partido Trabalhista) e a Edward Heath (Lìder da oposição do Partido Conservador) políticos da época. "I Want To Tell You" fala sobre a sua dificuldade em se expressar em um momento que vivia uma avalanche de pensamentos. E "Love You To", George traz mais uma vez o uso de instrumentos indianos, a tabla e cítara e ele é o único a participar da gravação da música.

Influências das drogas

Há suposições de que músicas como "She Said, She Said", "Dr. Robert", "Got To Get You Into My Life" tenham sido escritas durante o uso de drogas.

Na música "She Said She Said" John supostamente se inspirou em sua segunda experiênica com LSD. Há um trecho que diz "I know what it's like to be dead" ("Eu sei como é estar morto") frase que Peter Fonda teria lhe dito após tomar ácido. Nela, George assume o baixo após Paul largar as gravações em decorrência de uma briga com John Lennon.

"Dr. Robert" fala sobre um médico que receitava anfetaminas a seus pacientes famosos. Paul reconheceria mais tarde que "Got To Get You Into My Life" falava de sua experiência com a maconha e foi feita inspirada na soul music americana com o uso de metais.
Estilo psicodélico
"Tomorrow Never Knows" foi vuma das primeiras músicas ao estilo do emergente rock psicodélico. A música foi inspirada no livro de Timothy Leary, "O Livro Tibetano da Morte". Inicialmente se chamaria "The Void" ou "Mark I".
Há ainda grandes influências psicodélicas nas músicas Doctor Robert e She Said She Said, duas músicas que falam sobre drogas, ou mais especificamente o LSD.

Diversidade musical
"Eleanor Rigby" é mais uma música de McCartney com arranjos orquestrados e somente com a participação de Paul (assim como foi feito em Yesterday). Iria se chamar "Miss Daisy Hawkins". Mas o nome da música foi mudado para "Eleanor Rigby", em homenagem a um túmulo que ficava perto do local onde a antiga banda de John, The Quarrymen, se apresentava. "Yellow Submarine" escrita por Paul e cantada por Ringo, tem em sua letra um tema infantil que depois seria aproveitada para dar título a um desenho animado feito pelos Beatles. Traz sons de bolhas, barulho de água e outros barulhos gravados em estúdio.
Em "And Your Bird Can Sing" os Beatles usaram solo duplo de guitarra e era uma das músicas de John que ele não gostava. Em "I'm Only Sleeping", George fez o solo de guitarra e depois tocou o som ao contrário.

Baladas clássicas
McCartney novamente escreve suas baladas. "For No One", ele escreveu para sua namorada na época (Jane Asher) e se chamaria inicialmente "What Did I Die?" . E a clássica "Here, There And Everywhere" que era uma das músicas preferidas de John.

Capa do álbum
Criada pelo alemão Klaus Voormann, amigo dos Beatles desde a época em que eles foram tocar em Hamburgo. A capa traz uma ilustração feita com desenhos e colagens de fotos (feitas pelo fotográfo Robert Whitaker).
ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
        Nelson Augusto (jornalista, pesquisador da obra dos Beatles) – (85) 8864.2237 – nelson@nelsons.com.br
        Mário Nogueira (coordenador do programa Literatura em Revista) – (85) 3464.3182 / 8621.2581 / 9930.6593 – amariobn@bnb.gov.br
        Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br
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