Artigo* de Paulo Tarcísio para o Novo Jornal
Agora, a briga da vez aqui no RN é por conta do nome
do futuro Aeroporto, em São Gonçalo do Amarante.
Não vou negar: Fui criado aprendendo a não gostar de
brigar. Principalmente, quando a briga é por nada; ou não me diga respeito, por
não me competir decidi-la. Então, pra que brigar? Só por brigar?
Nessa questão do aeroporto, porém, mesmo sem brigar,
tenho que dar o meu pitaco. Por ser o aeroporto em São Gonçalo, e por ser São
Gonçalo um lugar que conheço desde menino, quando muitos dos que brigam agora
nem sequer tinham nascido. Entendi que não ficaria bem me omitir.
Como não gosto de briga, pra mim, o ideal seria que
fosse um nome pra cada dia do ano. Assim, talvez fosse possível acatar todas as
sugestões, todas as lembranças já apresentadas ou que viessem a ser. Pois, até
aqui, não ouvi uma que não fosse merecedora – Aluízio Alves, Dinarte Mariz,
Câmara Cascudo, Dona Militana, Cortez Pereira, Dom Nivaldo Monte, Ulisses de
Góis, Djalma Maranhão, Juvenal Lamartine, Felipe Camarão, Monsenhor Walfredo
Gurgel, Manoel Soares da Câmara e todos os outros.
Nessa lista aí de cima só tem 12. Seria um pra cada
mês do ano. Mas, certamente, feita a opção de um nome por cada dia do ano, os
outros 350 e poucos não seriam problema. Problema no momento, especialmente pra
mim, é que não sei, sequer, de quem é a prerrogativa de botar o nome do
aeroporto.
Da União? Por ser um aeroporto do Brasil? Do Estado?
Por estar localizado num dos seus municípios? Ou do próprio município onde está
sendo construído?
Não sei. E vou dizer mais uma coisa: Como se não
bastasse essa minha dúvida (tenho certeza que ela não é só minha), chega Aluízio
Lacerda e coloca no seu twitter, diante de tanta briga, de tantas propostas e
sugestões: “Já combinaram com o dono?”
Como eu não sei quem é o dono, vou deixar aqui a
minha sugestão, respeitadas todas as outras: Aluízio Alves.
São Gonçalo não passava de um simples buraco, quando
Aluízio descobriu e despertou sua vocação desenvolvimentista, implantando, lá
dentro, o complexo industrial da UEB. Até então só quem valorizava São Gonçalo
era o próprio sãogonçalense.
Foi esse gesto de AA que colocou São Gonçalo no mapa
do Brasil.
Agora, aqui pra nós, botem o nome que quiserem. Mas,
que venha o Aeroporto!