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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O voo da coruja

Moura Neto, do NOVO JORNAL*

Jomar Morais é um exemplo de profissional que não se deslumbra com o sucesso da sua carreira. É uma das pessoas raras que desde tenra idade descobre o próprio dom e se lança com paixão ao ofício do que sabe e gosta de fazer. Como jornalista talentoso, foi, viu e venceu na grande imprensa. Depois, trocou os louros que conquistou entre os papas da profissão pelo trabalho voluntário, sem pecúlio, que hoje desenvolve em Natal com a determinação de uma formiguinha – a cada dia faz um tantinho, incansável, ciente de que no final pode contabilizar a diferença.

Ou seja: ele abandonou os holofotes que giravam em torno se si após mais de trinta anos de labuta nas redações dos principais órgãos da imprensa escrita do país, abdicando também e ainda do ócio que a aposentadoria merecida lhe oferece, para se dedicar a projetos sociais que possam contribuir – assim ele espera e nós também – com a gestação de novos valores éticos e morais para os viventes deste mundo sofrido e cansado de guerra.

Ao lançar seu mais recente livro, “Viver – outro olhar sobre o amor, a dor e o prazer”, na semana passada, JM deu mais uma mostra de que abarcou por conta própria a nobre missão de costurar palavras em torno de conceitos e visões que podem servir de bússola para quem navega à deriva no agitado mar das sensações existenciais.

Ele mesmo explica: – Quando o nosso olhar muda, o mundo muda. E se o que muda é o jeito convencional de encararmos o amor, a dor e o prazer – esses três pilares da fruição da vida -, o resultado é uma metamorfose. A sombra de hábitos e crenças que estreitam o nosso horizonte se dissolve na luz da nova percepção.

Mochileiro andarilho, já percorreu países de todos os continentes, por onde o vejo observando a realidade em volta com o olhar perspicaz de quem sabe exatamente qual é o lugar que lhe cabe neste latifúndio. Com a mesma desenvoltura com que viaja pela Terra, mergulha nos recônditos mais íntimos do seu ser, em meditação profunda, para desvendar a si mesmo (e o papel que precisa desempenhar na sociedade) excursionando no mais absoluto silêncio.

Para ele, portanto, a coruja é uma fonte de inspiração. Apoiada em sua acuidade visual e auditiva, é uma ave – explica JM – que fica à vontade para planar nas trevas noturnas sem deixar-se enganar em meio às aparências. E é este o convite que o jornalista meditador faz a seus leitores: voar, como as corujas, para além da escuridão e dos medos, mantendo o estado de alerta receptivo à vida.

Neste livro, suas palavras passeiam com clareza sobre temas controvertidos do comportamento humano,  cumprindo o objetivo de nos estimular ao vôo solo na escuridão da própria alma.

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