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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cordeiro de Deus

por Paulo Tarcísio Cavalcanti*

Está imperdível o novo livro de Agnelo Alves – “Carta ao humano”, editado por outro querido amigo, Osair Vasconcelos, e que acaba de ser lançado.
O livro é um documento vivo, histórico em momentos específicos, mas acentuadamente atual quando relata, com sagacidade e extrema maestria, o dia-a-dia, a rotina, a prática do exercício político.

Nesse particular, tem muita coisa que não mudou. Até, de uma certa maneira, não vou dizer que “evoluiu” ou que “avançou”, mas que certamente sofreu uma “piorada”. Claro: Com as raras, mas honrosas exceções.

Sempre dou graças a Deus pelo privilégio de conhecer, de perto, vários mestres do jornalismo potiguar, aos quais rendo respeito e admiração – pelo talento com que expõem fatos, defendem suas idéias e retratam os personagens que focalizam. Agnelo é um deles.

Nesse seu terceiro livro – escrito aos pedaços, não para ser livro, mas para ocupar, no dia-a-dia, um dos espaços mais nobres da imprensa norte-riograndense, Agnelo está por inteiro – não apenas o jornalista, o escritor. Está o homem, o filho, o irmão, o chefe de família, o amigo, o correligionário, o perseguido, o político, o gozador incurável, o cidadão, e, acima de tudo, o ser humano.

Sim: o ser humano na sua expressão mais literal – com suas virtudes e seus defeitos, seus sonhos, suas dúvidas e suas certezas e, muito mais do que tudo isso, um comportamento acentuadamente solidário, alimentado, na certa, por uma profunda e marcante sensação de sede e fome de justiça.

O artigo em que chama a atenção dos órgãos de segurança, que perdiam tempo investigando, perseguindo e criando problemas para o trabalho social desenvolvido pelo saudoso padre Sabino, é um exemplo de sua extrema e acentuada grandeza humana.

Ou seja: Não é à toa, como ele próprio proclama, que o seu nome vem do latim e significa “Cordeiro de Deus”.

Agora, sem dúvida, o forte do livro é a política, especialmente a política do Rio Grande do Norte – política de todos os níveis – do mais rasteiro ao mais dignificante, de 1974 a 1982, principalmente, pulando 77 e 78 que ninguém é de ferro.

Por esses dias, portanto, vou até comunicar ao amigo Roberto Guedes, o meu livro de cabeceira está sendo “Carta ao Humano”. Ainda tenho muito o que aprender. E quero aprender. Em todos os sentidos.


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